quinta-feira, 2 de agosto de 2018

AVISO

AS POSTAGENS SOBRE A INTERPRETAÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA ENCONTRAM-SE NO ANO DE 2015.

terça-feira, 29 de maio de 2018

A Adoração no Culto Público




Um Alerta às Igrejas!
Não é nosso propósito aqui discorrer sobre a adoração particular e individual, mas sobre aquela que está relacionada ao culto público, quando há a reunião da igreja.
As verdades básicas relativas ao assunto são desconhecidas da grande maioria dos crentes, e que por ignorância acabam por agir ativamente contra as mesmas, ou então colocando-se passivamente sob práticas que consistem até mesmo em blasfêmia ou abominação a Deus enquanto participam do culto público.
Antes de tudo, a grande verdade central em torno da qual tudo o mais deve girar na adoração pública é que esta deve ser dirigida pelo Espírito Santo, no exercício ordenado e adequado dos dons que ele tem distribuído, conforme lhe apraz, a todos os crentes.
A representação típica desta verdade foi dada por revelação de Deus na forma de instituição do culto público de adoração do Velho Testamento, que consistia nos serviços que eram realizados no tabernáculo e posteriormente no templo. Tudo deveria seguir o modelo que foi dado por ele a Moisés no monte Sinai, e nada deveria ser acrescentado ou retirado do mesmo, isto indicando que tudo deveria seguir o comando do Espírito Santo naquilo que havia sido estabelecido, e não aquilo que fosse da engenhosidade ou invenção dos adoradores.
À vista disso, podemos entender quão longe e contrário está da verdadeira adoração aprovada por Deus, o desejo de se apresentar como cantor nos cultos porque se tem uma bela voz e mero desejo de se apresentar em público (e nenhuma direção do Espírito para isto como sendo ato de culto), ou introduzir ritmos de cânticos que nada mais fazem do que excitar a carne, como funk, samba, rap e outros, quando sabemos que tudo que é carnal é abominado por Deus no seu culto, e que somente é aprovado aquilo que for espiritual, pois Deus é espírito e importa ser adorado em espírito e em verdade, e isto com toda a reverência e piedade.
Não é sem razão que os sacerdotes no Velho Testamento deviam se purificar tipicamente e cerimonialmente lavando-se na pia que ficava defronte ao tabernáculo, antes de oficiarem os seus serviços a Deus.
Deus requer corações e consciências puras para o culto que devemos lhe prestar no Santo dos Santos celestial, conforme se afirma em Hebreus 10.22.
Então, quando a Bíblia fala dos dons e operações do Espírito Santo nos crentes, para o culto de adoração no novo tabernáculo não feito por mãos humanas, mas naquele que consiste no próprio Cristo e nos crentes, como seu corpo, do qual ele é a cabeça, neste edifício vivo e espiritual, feito de pedras vivas, e que é muito mais glorioso do que o culto do passado, conforme o apóstolo afirma em II Coríntios 3.7-11, estes dons e operações são distribuídos para serem usados pelo próprio Espírito, estando nós submissos ao seu querer e mover, de maneira que tudo se faça somente pela sua direção, pois sem a mesma, tudo seria uma grande confusão ou carnalidade no culto público, de forma que se diz que tudo deve ser feito com ordem e decência, naquilo que o apóstolo diz sobre a forma de adoração da igreja: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,” (Efésios 5.18,19).
Seria de se supor então, que onde o Espirito Santo está dirigindo a todos e a todas as coisas, que haja espaço para brincadeiras inconvenientes em pleno culto público; honrarias por feitos carnais e  coisas semelhantes?
Seria admissível que alguém tomasse a palavra para pregar, dirigir louvor etc, não estando no Espírito? Como seria Ele o dirigente do culto neste caso?
O que determina e possibilita então que a adoração pública seja ordeira, em unidade e harmônica, é que todos fomos batizados em um só Espírito e também que todos temos acesso a Deus Pai em um só Espírito, apesar de serem diversos e vários os dons e serviços que Ele reparte aos crentes. E importa então sermos dirigidos por Ele, especialmente no culto de adoração, porque Deus não reconhecerá como sendo Seu aquilo que não tiver a Sua graça e a presença do Espírito. E se não tivermos a Sua direção e o Seu governo em nosso coração, no viver diário, não será de se estranhar que não o tenhamos também no culto público.
"Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito." (Efésios 2.18)
Jesus comprou e obteve este favor para nós, pelo qual devemos nos aproximar de Deus, e encontrar aceitação com ele. Somos "aceitos no Amado", Efésios 1. 6.
E todo este acesso que temos por meio do Senhor é segundo a graça, e esta é sempre e somente agida mediante a fé, de modo que quando não estamos na graça pela fé, não estamos em estado de adoração, e toda nossa ação no culto público será hipócrita ou carnal. Quem não vive pela fé não deve portanto se intrometer na adoração pública.
A adoração evangélica dos crentes é o preço do "sangue do Filho de Deus".
“Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (I Pedro 4.11)
Existem três coisas que são necessárias para a correta realização dos deveres de adoração do evangelho:
1º. Luz e conhecimento, para que possamos estar familiarizados com a mente e a vontade de Deus, o que ele aceita e aprova, e é designado por ele; para que possamos saber "como escolher o bem e recusar o mal" - como as ovelhas de Cristo, ouvindo sua voz e seguindo-o, não dando ouvidos à voz de um estranho.
2º. Graça no coração, para que haja, neste acesso a Deus, uma comunhão verdadeira, real, espiritual e salvadora, obtida com ele naqueles atos de fé, amor, deleite e obediência, que ele requer; sem o que é em qualquer coisa "impossível agradar a Deus".
3º. Habilidade para o desempenho dos deveres que Deus requer em sua adoração, de maneira que ele possa ser glorificado, e aqueles que são chamados à sua adoração edificados em sua mais santa fé.
Onde esses três concordam, ali a adoração a Deus é realizada de maneira devida, de acordo com Sua própria mente e vontade; e assim, consequentemente, é excelente, bela e gloriosa - Deus sendo o juiz e governante de tudo.
A adoração de Deus não é da descoberta do homem, mas de sua designação que é "a sabedoria de Deus". Não é ensinada pela sabedoria humana, nem é alcançável pelo trabalho humano; mas pela sabedoria e revelação do Espírito de Deus. É tudo divino e celestial em sua ascensão, em sua descoberta; e assim torna-se a grandeza e santidade de Deus. Pois o que é que agradará a Deus, o próprio Deus é o único juiz. Se qualquer outra coisa se colocar em competição com ele, por beleza e glória, será encontrada numa competição muito desigual no último dia. Os crentes têm este acesso pelo Espírito, na medida em que ele permite que eles se aproximem de Deus de maneira espiritual, com graça em seus corações, como ele é o Espírito de graça e súplica. Este é um fim especial para o qual o Espírito é prometido aos crentes, a saber, que ele possa ser neles "um Espírito de graça e súplica", capacitando-os a se aproximarem de Deus de uma maneira graciosa e aceitável, Zacarias 12. 10, 11. E esta é uma parte do trabalho que ele realiza, quando é concedido a eles de acordo com a promessa, Romanos 8. 26, 27: Que os homens façam o melhor possível, eles não sabem quanto ao que devem orar; mas somente o Espírito de Cristo os capacita para todo o trabalho.
É o Espírito Santo que opera nos crentes fé, amor, deleite, fervor, vigilância, perseverança - todas as graças que dão à alma comunhão com Deus em sua adoração - e Cristo torna suas orações efetivas.
Agora, onde a mesma adoração é para ser realizada por muitos, a própria lei da natureza e da razão requer que um ou mais, conforme haja necessidade, deve ir adiante dos demais da assembleia na adoração que eles têm que executar, e seja como a mão, boca ou olhos para todo o corpo ou assembleia. E assim, também, nosso Senhor ordenou, que, em todo o culto público e solene das assembleias do evangelho, deve haver alguns designados para ir adiante deles no desempenho dos deveres da adoração que ele requer deles.
Agora, como as próprias coisas, em que essas pessoas devem ministrar perante o Senhor em suas assembleias, são todas elas prescritas pelo próprio Deus; assim, quanto à maneira de seu desempenho, há duas marcas ou guias para direcionar o todo: - primeiro, deve ser feito de modo a favorecer a glória de Deus; e, em segundo lugar, para a edificação da própria assembleia.
De modo a melhor servir à edificação da assembleia. os santos recebem pelo Espírito, quanto à sua aproximação a Deus, dons e habilidades, dons espirituais para aqueles a quem ele chama para esta obra de ir adiante nas assembleias na adoração de Deus, para que eles possam realizar todas as coisas para a Sua glória e a edificação do corpo, 1 Coríntios 12. 4, 7, 8, 11.
O próprio céu, o lugar sagrado não feito por mãos, é também o templo dos santos sob o evangelho. Os crentes têm em sua adoração um caminho aberto para o Santo dos Santos feito para eles por Cristo, que entrou nele como precursor, Hebreus 6. 20; abrindo-o para eles, também dando entrada nele, cap. 10. 19-21. E quão excessivamente isso exalta a excelência da adoração espiritual do evangelho! Qual foi a glória do templo de Salomão para a glória da menor estrela do céu! Quanto menos, então, em comparação com a presença gloriosa de Deus nos céus mais elevados, para onde os crentes entram com toda a sua adoração, onde Cristo está assentado à destra de Deus!



sexta-feira, 23 de março de 2018

O Real Problema do Brasil


Quando nos dias de Noé Deus decidiu que o Espírito Santo não mais restringiria a prática do pecado nos homens em razão da escolha deliberada e obstinada deles pelo mal, isto fez com que a violência se multiplicasse sobremodo na Terra, não restando senão a alternativa de trazer o juízo sobre todos através do dilúvio.
Jesus disse que aconteceria com a geração que antecederia imediatamente os dias do Juízo Final, o mesmo que ocorreu nos dias de Noé.
O mundo inteiro tem se revelado altamente contrário a Deus e aos seus mandamentos. Luxúria, impureza, violência, injustiça abundam em todas as partes da Terra, e o Brasil tem sido um dos maiores transgressores de tudo o que é respeitável, justo, bom, pacífico, puro, sendo um dos palcos mais escolhidos para a precipitação do juízo divino, que já se revela por aqui pela entrega dos governantes, juízes, e do próprio povo a si mesmos, para a prática de tudo o que é corrompido e mau.
Intervenção, educação, seja o que for, não resolverá o problema do mal, senão apenas o arrependimento de coração, no reconhecimento de que o que tem prevalecido é um viver pecaminoso, irreverente, irreligioso, que tem provocado a ira de Deus, e que o tem levado a nos deixar entregues a si mesmos, para sofrer as consequências do nosso próprio coração perverso e mau.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Deveres e Correções Além de Promessas

A aliança da graça que é feita entre nós e Deus com base no sangue de Jesus Cristo, abrange o caráter total de uma relação familiar nuclear, incluindo tanto o aspecto matrimonial, em que os crentes são a esposa, e Cristo, o noivo; e paternal e filial em que Deus é o Pai e os crentes os filhos, de modo que tudo o que está incluído nestes relacionamentos quanto a compromissos, com execução de deveres, amor, respeito, correções, e recompensas, que correspondem respectivamente às partes envolvidas. É errônea portanto, a visão que muitos têm sobre a religião cristã, considerando que consiste meramente em um meio para alcançarmos coisas agradáveis e da nossa própria conveniência em Deus, esquecendo-se que somos chamados não somente a crer e obedecer a Deus em tudo o que fazemos para a sua glória, como também a sofrermos tudo o que nos sobrevier, com paciência, para efeito de se firmar um bom testemunho do nosso amor a Cristo – Filipenses 1.29. De modo que o Evangelho contém não apenas promessas e recompensas para os obedientes, como também ameaças e castigos para os infiéis – tudo para o propósito de nos confirmar na fé e nos ensinar a ser perseverantes na prática da verdade em toda e qualquer circunstância, para a exclusiva glória de Deus.

sexta-feira, 9 de março de 2018

A Palavra, Jesus Cristo e a Fé


Ao dizer que a palavra de Deus é viva e eficaz, o autor de Hebreus, no contexto do seu desígnio exarado em toda a epístola, que é o de levar à fé incondicional em Jesus Cristo e em suas promessas e ameaças, destaca de modo específico neste capítulo, por esta palavra de advertência, que o Deus que prometeu por sua palavra pronunciada que aquele que nele crer entrará no seu descanso, é o mesmo Deus que através da operação da graça que está em Jesus Cristo, e pelo poder do Espírito Santo, realizará o cumprimento desta promessa dando descanso às nossas almas, nos termos firmados no Evangelho. Assim, tanto a pessoa de Jesus Cristo, quanto a palavra que dele procede estão envolvidos na promessa em que devemos crer, de modo que a fé é o único veículo para torná-la eficaz, porque foi também designada por Deus para o cumprimento de todos os seus propósitos relativos à nossa vida espiritual, pois tem prometido que o “justo viverá pela sua fé.
Deus está convocando os eleitos de todas as nações a fazerem uma aliança com Ele através da fé em Jesus Cristo. E os privilégios de participar desta intimidade familiar com o Criador do universo, decorre desta aliança, assim como os judeus no passado, no período do Velho Testamento, eram o povo que foi convocado a viver pela fé, e ao qual Deus havia dado a sua lei, promessas e juízos, de modo, que não se viu isto em nenhuma outra nação da terra no citado período. É portanto, por sua exclusiva autoridade e soberania, que o Senhor entra em aliança conosco na presente dispensação, para que andemos de modo santo em Sua presença. E isto faremos, somente se vivermos e andarmos no Espírito Santo, exclusivamente por meio da fé no nosso grande sumo sacerdote Jesus Cristo.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Hebreus 4 - VERSÍCULO 2



  John Owen (1616-1683)


Traduzido, Adaptado e Editado por Silvio Dutra

"Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram." (Hebreus 4.2)
Neste versículo, o apóstolo confirma a razoabilidade da exortação do versículo anterior. E isso ele faz em dois fundamentos ou princípios: - Primeiro, a paridade de condição que havia entre aqueles do passado, apresentada no exemplo, quanto ao privilégio e dever, e aqueles a quem agora ele escreveu, nas primeiras palavras do verso "Porque fomos evangelizados, assim como eles". Em segundo lugar, a consequência desse privilégio e o chamado ao dever que aconteceu antes, do qual ele desviaria os hebreus presentemente: "a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram." A introdução do versículo: “Porque também” manifesta uma relação com o que aconteceu antes e a introdução de um novo motivo para sua confirmação.
"Fomos evangelizados", "nós tivemos o evangelho pregado para nós". A maneira ou sentido, com que a palavra é usada, não indica o recebimento do evangelho no poder dele por aqueles que são evangelizados; isto é, não inclui a fé dos ouvintes, mas apenas expressa o ato de pregar e o gozo externo dele. O evangelho e a promessa de entrar no descanso de Deus nos são pregados assim "como a eles". É claro a partir do contexto quem são aqueles a quem foi pregado, isto é, aos pais no deserto, os que não creram e rejeitaram a promessa de Deus, e não conseguiram entrar em seu descanso. E três coisas devem ser consultadas para a abertura dessas palavras: 1. Em que consiste a comparação expressa na palavra "porque também". 2. Como o evangelho foi pregado a eles. 3. Como nós. 1. A comparação não é entre o assunto da pregação mencionada, como se tivessem um evangelho pregado para eles e nós outro; como se ele tivesse dito: "Nós temos um evangelho pregado para nós, como eles tiveram um antes de nós." Porque o evangelho é um e o mesmo para todos, e sempre foi assim desde a saída da primeira promessa, nem, em segundo lugar, há a comparação entre duas maneiras ou modos de pregar o evangelho: pois, se assim for, na pregação do evangelho lhes é dada a preeminência acima da pregação a nós, na medida em que na comparação deve ser considerado o padrão do nosso, "O evangelho nos foi pregado como a eles", mas a pregação do evangelho pelo Senhor Jesus Cristo e seus apóstolos, que agora os hebreus desfrutam (se aqui for entendido) era muito mais excelente, quanto à sua maneira, do que aquilo de que seus antepassados ​​foram feitos participantes. A comparação pretendida, portanto, é meramente entre as pessoas, eles e nós. "Como ouviram o evangelho, também nós; como foi pregado a eles, assim a nós": que é de uma maneira muito mais excelente e eminente que nos foi declarado do que para eles, ele ainda declara depois; ainda assim, como devo mostrar, embora isso seja verdade, provavelmente não é o senso deste lugar. 2. É suposto e concedido que o evangelho foi pregado para o povo no deserto. O apóstolo não está aqui diretamente afirmando; não é sua intenção provar isso; não era o desígnio ou assunto que ele tinha em mão; nem a confirmação disso foi subordinada ao seu propósito atual. É nosso privilégio e dever, e não o deles, de que ele está em consideração imediata. Mas o fato de ser assim, uma suposição disso, a saber, que o evangelho foi pregado para eles, era necessário para o propósito dele. Como isso foi feito, devemos agora indagar; e a respeito disso, observamos, - (1.) Que a promessa feita a Abraão contem a substância do evangelho. Nele possuía a aliança de Deus em Cristo e a confirmação dela, como nosso apóstolo argumenta expressamente, em Gálatas 3 : 16,17. Ele diz que a promessa a Abraão e à sua semente principalmente se referia a Cristo, a semente prometida, e que aquele pacto foi confirmado por Deus em Cristo. E daí foi assistido com bem-aventurança e justificação no perdão do pecado, Romanos 4; Gálatas 3: 14,15. De modo que teve nela a substância do evangelho, como provou em outros lugares. (2.) Esta aliança, ou promessa feita a Abraão, foi confirmada e estabelecida para a sua semente, sua posteridade, como a Escritura em todos os lugares testifica. E, por este meio, eles tinham a substância do evangelho comunicada a eles; ali estavam eles "evangelizados". (3.) Todas as instituições típicas da lei que foram posteriormente introduzidas não tinham, em si mesmas, nenhum outro fim senão instruir as pessoas na natureza, significado e maneira da realização da promessa. Para isso, eles serviram até a época da reforma, quando Cristo se manifestou em carne. Eles eram, de fato, pela incredulidade de alguns, abusados ​​de um fim contrário; porque os homens que se debruçam para eles como em si mesmos os meios de justiça, vida e salvação, estavam assim em suas mentes desviados da promessa e do evangelho nele contidos, Romanos 9: 31,32, 10: 3. Mas isso não era mais um abuso acidental deles; de forma adequada e direta, eles não tinham outro fim, senão o que expressava. Nem toda a lei em si, na sua administração mosaica, tinha nenhum outro fim, senão instruir as pessoas na natureza, significado e maneira da realização da promessa, e levá-las ao descanso, Romanos 10: 4, Gálatas 3: 18-20. (4.) Com a parte espiritual da promessa feita a Abraão, foi misturada, ou anexada a ela, uma promessa da herança da terra de Canaã, Gênesis 12: 3,7; e isto, - [1.] Para que ela possa instruí-lo e a sua semente na natureza da fé, para viver na expectativa daquilo que não estava ainda em possessão, Hebreus 11: 8,9. [2.] Para que pudesse ser uma promessa visível do amor, do poder e da fidelidade de Deus ao realizar e cumprir a parte espiritual e invisível da promessa, ou o evangelho, ao enviar a bênção para salvar e livrar do pecado e da morte, e dar descanso às almas dos que creem, Lucas 1: 72-75. [3.] Para que seja um lugar de repouso para a igreja, em que possa assistir solenemente à observância de todas as instituições de culto que lhe foram concedidas ou impostas, para direcioná-la para a promessa. Por isso, (5.) A declaração da promessa de entrar em Canaã, e o descanso de Deus nela, tornou-se de maneira especial a pregação do evangelho para eles, e, - [1.] Porque foi designado para ser a grande promessa visível da realização de toda a promessa ou aliança feita com Abraão. A própria terra e sua posse eram sacramentais; porque [2.] Ela tinha em si mesma uma representação desse bendito descanso espiritual que, na realização da promessa, deveria ser afirmado. [3.] Porque, pela terra de Canaã, e o descanso de Deus nela, tanto o lugar, o país, como o solo, era destinado ou considerado, como a adoração de Deus em suas ordenanças e instituições nele observadas solenemente. E por essas ordenanças, ou através da fé no uso delas, foram levados a uma participação dos benefícios da promessa do evangelho. Do que se falou, aparece como o evangelho foi pregado aos pais no deserto, ou como eles foram evangelizados. Não é um evangelho típico, como alguns falam, que o apóstolo pretende, nem uma mera instituição de tipos; mas o evangelho de Jesus Cristo, como foi na substância dele, proposto a eles na promessa; a entrada na terra de Canaã sendo a instância especial em que a fé deveria ser julgada. 3. Podemos perguntar como do evangelho é dito ser "pregado para nós", que é o que é diretamente afirmado. E, (1.) Por nós, em primeiro lugar, os hebreus da época eram principalmente destinados. Mas, por analogia devida, a aplicação e o uso deles serão estendidos a todos os outros que ouviram a palavra. (2.) O apóstolo declarou antes que o evangelho, na dispensação plena, livre, aberta e clara, tinha sido pregado para eles, e confirmado com sinais e maravilhas entre eles; de modo que não se pode ter dúvida de que o evangelho foi pregado a eles. A mesma declaração disso era antiga, e aos hebreus do presente, sua posteridade, parecem ser destinados. As palavras "Para nós foi o evangelho pregado, como a eles", parecem ser desta importância, que não estamos menos preocupados com a declaração do evangelho que lhes foi feita, e a promessa que lhes foi proposta do que eles estavam. Caso contrário, o apóstolo teria dito: "O evangelho foi pregado para eles, como tem sido em relação a nós", visto de sua pregação para os hebreus presentes, não poderia haver dúvida ou pergunta: e como já declaramos frequentemente, ele está pressionando nestes hebreus o exemplo de seus progenitores. Nele diz-lhes que tinham uma promessa dada a eles de entrarem no descanso de Deus, que por causa da incredulidade falharam e pereceram sob seu desagrado. Agora, enquanto eles poderiam responder: "O que é isso para nós, para que estejamos preocupados com isso, podemos rejeitar essa promessa que não nos pertence?", o apóstolo parece nessas palavras evitar ou remover essa objeção. Para este propósito, ele permite que eles saibam, que até nós, isto é, para toda a posteridade de Abraão em todas as gerações, o evangelho foi pregado na promessa de entrar no descanso de Deus, e pode não menos ser pecado contra qualquer momento por incredulidade do que por aqueles a quem foi concedido pela primeira vez. Este sentido, as palavras, como foi dito, parecem exigir: "A nós foi o evangelho pregado, como também a eles", isto é, onde e quando foi pregado para eles, e também nos foi pregado. Mas pode-se dizer que esses hebreus não poderiam se preocupar com a promessa de entrar na terra de Canaã, a qual eles já estavam possuindo por tantas gerações. Eu respondo: não podiam fazê-lo, de fato, não havia sido mais pretendido nessa promessa, mas sim a posse dessa terra; mas mostrei antes que a aliança que o descanso de Deus em Cristo estava naquela promessa. Mais uma vez, isso poderia interessá-los tanto quanto fez com aqueles no tempo de Davi, que foram exortados e pressionados, como ele se manifesta no Salmo 95, para fechar com essa promessa, e para entrar no descanso de Deus, quando eles estavam em um desfrute mais completo e sossegado de toda a terra. E se for dito que a promessa poderia pertencer aos dias de Davi, porque aquela adoração de Deus que dizia respeito à terra de Canaã estava em todo seu vigor, mas agora, como a esses hebreus, todo o culto estava desaparecendo e pronto para expirar, eu respondo: Que, qualquer alteração nas ordenanças externas e nas instituições de adoração, Deus tenha prazer em fazer a qualquer momento, a promessa do evangelho ainda era uma; e aí "Jesus Cristo, o mesmo ontem, e hoje, e para sempre", Hebreus 13: 8. Isto, então, considero ser o sentido das palavras, a saber, que, como a primeira pregação do evangelho aos seus antepassados, pertenceu ao privilégio a estes Hebreus, em virtude da aliança de Deus com eles, então a obrigação da fé e da obediência não eram menos sobre eles do que aqueles a quem foi pregado pela primeira vez. E a presente dispensação do evangelho foi apenas a realização da mesma revelação da mente e da vontade de Deus para com eles no passado. E podemos agora tirar algumas observações das palavras. Observação 1. É um sinal de privilégio ter o evangelho pregado para nós, ser "evangelizado".
Como tal, é aqui proposto pelo apóstolo, e é feito um fundamento para inferir a necessidade de todos os tipos de deveres. Isto, o profeta expressa enfaticamente, Isaías 9: 1,2, "Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz."
A conexão desse discurso profético é julgada por muitos como sendo obscuro e difícil; mas o desígnio geral dele, conforme aplicado pelo evangelista, Mateus 4: 15,16, não é assim. Para calcular as várias aflições e angústias que Deus várias vezes trouxe sobre as partes da Galileia, que foram expostas, em primeiro lugar, à incursão de seus inimigos, e cujo povo primeiro foi levado ao cativeiro, pelo que a escuridão e a tristeza externas veio sobre eles, ele subjuga a essa consideração que, embora seja futura, e para muitas épocas, deve recompensar e equilibrar todo o mal que de uma maneira especial lhes ocorreu. E isso consistiu nesse grande privilégio, que essas pessoas foram as primeiras a quem o evangelho foi pregado, como o evangelista manifesta na sua aplicação desta profecia.
A seguir, ele acrescenta a natureza desse privilégio, e mostra em que consta, em uma descrição de sua condição, antes de participarem disso e no alívio que tiveram. O estado deles era que eles "andavam na escuridão" e "moravam na terra da sombra da morte", do que não pode haver uma descrição mais elevada de uma condição de miséria e desconsolação. Quando o salmista expressaria a maior angústia que poderia acontecer com ele neste mundo, ele faz isso com essa suposição: "Embora eu ande pelo vale da sombra da morte", Salmo 23: 4.
E dessas pessoas é dito "habitar" naquela terra que ele achou tão terrível e horrível para "caminhar". E denota a maior miséria temporal e espiritual. E essas pessoas são, ocasionalmente, identificadas como um exemplo da condição de todos os homens sem a luz do evangelho. Eles estão em horrível escuridão, sob as sombras da morte, que em todo o seu poder está pronto, cada momento para aproveitar-se deles. A estes, o evangelho vem como luz de verdade, "uma grande luz", como a luz do sol, chamado "o grande luzeiro", em sua criação, Gênesis 1:16.
Em alusão a que o Senhor Jesus Cristo na pregação do evangelho se chama "o Sol da justiça", Malaquias 3:20, como aquele que traz a justiça, "a vida e a imortalidade para a luz pelo evangelho." Agora, que maior privilégio pode ter sido mantido todos os dias em um calabouço da escuridão, sob a sentença da morte, do que ser feito participante, do que ser trazido para a luz do sol e para ter com isso uma tendência de vida, paz e liberdade feitas para eles? E isso é muito mais neste assunto, como a escuridão espiritual, em uma tendência inevitável para a escuridão eterna, é mais miserável do que qualquer escuridão externa e temporal; e como a luz espiritual, "a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo", excede esta luz externa dirigindo o corpo nas coisas deste mundo. Por isso, Pedro expressa o efeito do evangelho, que Deus por ele "nos chama das trevas para a sua luz maravilhosa" 1 Pedro 2: 9; e este é apenas um exemplo da grandeza deste privilégio para que os homens sejam evangelizados. É somente o evangelho que traz a luz de Deus, ou a vida e a benção para os homens, que sem ela estão sob o poder das trevas aqui, e reservados para as trevas e a miséria eternas no porvir. E mais não devo acrescentar; deixe-os considerar isso por quem não é valorizado, por quem é negligenciado, ou não aplicado. Observação 2. Evangelizar mal, - ter o evangelho pregado assim é uma questão de consequência duvidosa. Todos os privilégios dependem, quanto à sua questão e vantagem, sobre o seu uso e melhoria. Se falharmos aqui, o que deveria ter sido para o nosso bem será para nossa armadilha. Mas, em parte, isso já foi falado antes. Observação 3. O evangelho não é doutrina nova, nenhuma nova lei; foi pregado para os antigos.
O grande preconceito contra o evangelho em sua primeira pregação foi que, em geral, era estimado uma "nova doutrina", Atos 17:19, uma questão nunca conhecida no mundo. E assim foi a pregação de Cristo, que foi assim considerada, Marcos 1:27. Mas podemos dizer de todo o evangelho o que João diz do mandamento do amor. É "um novo mandamento", e é "um antigo mandamento que foi desde o início", 1 João 2: 7,8. Na pregação do evangelho pelo próprio Senhor Jesus e seus apóstolos, era novo em relação à maneira de sua administração em várias circunstâncias de luz, evidência e poder, com os quais foi acompanhado. Assim, é em todas as épocas, em relação a qualquer nova descoberta da verdade da palavra, anteriormente escondida ou eclipsada. Mas quanto à substância, o evangelho é "o que foi desde o início", 1 João 1: 1. É a primeira grande transação original de Deus com os pecadores, desde a fundação do mundo. Por isso, do Senhor Jesus Cristo é dito ser um "Cordeiro morto, desde a fundação do mundo.", Apocalipse 13: 8. Não é do conselho e propósito de Deus referente a ele que as palavras são ditas, pois isso é dito prokatazolh v kosmou, Efésios 1: 4, - "antes da fundação do mundo", isto é, desde a eternidade. E, em 1 Pedro 1:20, dele é dito expressamente ser "conhecido antes da fundação do mundo", isto é, eternamente no conselho de Deus. Mas este ajpokatazolh v kosmou é tanto quanto "atualmente" ou "da fundação do mundo". Agora, como o Senhor Jesus Cristo foi um cordeiro morto atualmente desde a fundação do mundo? Por que, este katazolhko smou, a "fundação do mundo", contém não apenas o começo, mas também a conclusão e o acabamento de toda a estrutura. Assim é toda a criação expressada, Salmo 102: 25,26; Hebreus 1:10; Gênesis 2: 2,3. Agora, no dia do acabamento do mundo, ou de completar o tecido dele, na entrada do pecado, a promessa de Cristo foi dada, a saber: "Que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente", Gênesis 3:15. Nessa promessa, o Senhor Jesus Cristo foi um "cordeiro morto", embora na verdade, ainda quanto à virtude de sua encarnação, por meio da qual ele se tornou um cordeiro, o "Cordeiro de Deus" e a morte dele, onde ele foi morto para levar os pecados do mundo. Agora, a declaração do Senhor Jesus Cristo como o Cordeiro de Deus morto para tirar os pecados do mundo, é a soma e substância do evangelho. Isto, então, foi dado e estabelecido ajpokatazolh v kosmou "Desde o início do mundo", esta foi a ascensão do evangelho, que desde sempre tem sido o fundamento, o governo, com certeza de todas as transações de Deus com os filhos dos homens. Quaisquer que sejam as novas declarações, qualquer meio que tenha sido usado para instruir os homens, o evangelho ainda era o mesmo em todos os tempos e épocas. Os gentios, portanto, não tinham nenhum motivo verdadeiro para se opor à doutrina do que era novo: embora, pelo pecado e a incredulidade de si mesmos e seus antepassados, que haviam perdido, desprezado e totalmente rejeitado, a primeira revelação, era novo para eles; sim, e Deus, em seus justos juízos, o escondeu, e tornou-o extensivo, não é um mistério, a declaração de que foi "ocultado das eras passadas do mundo", ou de todos os séculos que passaram desde o início; mas em si não era novo, senão o mesmo que foi revelado a partir da fundação do mundo pelo próprio Deus. E isso é para a honra do evangelho; pois é uma certa regra, "Quod antiquissimum, id verissimum", "O que é mais antigo é o mais verdadeiro". O falso envolve, por todos os meios, ser tolhido da antiguidade e, assim, testemunha essa regra, essa verdade é mais antiga. E isso descobre a luxúria daquela imaginação, que houve em várias maneiras, e em várias épocas, pelas quais os homens chegaram ao conhecimento e ao prazer de Deus. Alguns, segundo eles, fizeram isso pela lei, alguns pela luz da natureza, ou a luz dentro deles, ou pela filosofia, que é a aplicação disso. Pois Deus tendo desde o "princípio", do "fundamento do mundo", declarou o evangelho da maneira antes comprovada, como o meio pelo qual os pecadores possam conhecê-lo, viver para ele e ser feitos participantes dele, devemos pensar que, quando a sua maneira era desprezada e rejeitada pelos homens, ele próprio o faria também, e deixá-los entregues aos seus caminhos, aos seus delírios, que escolheram, em oposição à sua verdade e santidade? É blasfemo uma vez para ser imaginado. Os judeus, com quem o nosso apóstolo teve que lidar peculiarmente, deram seus privilégios da entrega da lei e concluíram que, como a lei lhes foi dada por Deus, de acordo com a lei, eles deveriam adorá-lo, e pela lei eles deveriam ser salvos. Como ele os convence de seu erro neste assunto? Ele o faz, deixando-os saber que a aliança, ou a promessa do evangelho, lhes foi dada muito antes da lei, de modo que qualquer que fosse o fim e o uso da lei não poderia anular a promessa; isto é, tirar o trabalho, ou erguer um novo modo de justificação e salvação. Gálatas 3:17, "E isto digo que a aliança, que foi confirmada antes de Deus em Cristo" (isto é, a promessa dada a Abraão, versículo 16), "a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não pode desativar a promessa." É como se ele tivesse dito: "Deus fez uma promessa a Abraão, ou fez uma aliança com ele, pela qual ele foi evangelizado, e o caminho da vida e da salvação por Cristo revelado para ele. Agora, se o fim da lei fosse justificar os pecadores, dar-lhes vida e salvação, então o caminho da promessa e do pacto instituído por Deus quatrocentos e trinta anos antes deve ser desativado. Mas isso a fidelidade e a inalterabilidade de Deus não admitirão." E o apóstolo insiste apenas na precedência mencionada, e não naquela prioridade que teve da lei de Moisés, na medida em que foi pregada desde a fundação do mundo, porque lidar com os judeus, era suficiente para ele provar que mesmo em sua relação com Deus e com as relações especiais de Deus com eles, o evangelho tinha a precedência da lei. O que, então, João Batista disse do Senhor Jesus Cristo e de si mesmo: "Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim.", João 1:15 - embora ele tenha vindo antes dele em seu ministério, mas ele estava acima dele com dignidade, porque ele tinha uma pré-existência em sua natureza divina. Para ele, pode-se dizer o mesmo em outro sentido da lei e do evangelho, como foi pregado por Cristo e seus apóstolos. Apesar de ter vindo antes da lei, foi preferido acima dela ou antes, porque era antes dela. Foi, na substância e eficácia dele, revelado e declarado muito antes da entrega da lei, e, portanto, em todas as coisas deveria ser preferido antes disso. Parece, então, que, do primeiro ao último, o evangelho é e sempre foi o único meio de chegar a Deus; e pensar em qualquer outra maneira ou meio para esse fim, é altamente vão e extremamente depreciativo para a glória da sabedoria, fidelidade e santidade de Deus. E estas coisas observamos desde a primeira parte da confirmação da exortação precedente, tiradas da paridade do estado e condição entre os hebreus presentes e os antigos, na medida em que eles tiveram o mesmo evangelho pregado para eles. A última parte é tirada do evento especial de dar a promessa aos pais. E aqui também são duas partes: 1. Uma afirmação absoluta de que a palavra que lhes foi pregada "não os beneficiou". 2. Para que não haja aparência de refletir desrespeito à promessa de Deus, como se não pudesse beneficiar os que a ouviram, a quem foi pregada, o motivo dessa consequência e aborto é subjugado nessas palavras, "não sendo misturado com fé nos que ouviram". O assunto mencionado na primeira proposição é "a palavra ouvida", cuja expressão é geral, é limitada por a "promessa", no versículo que precede. Alguns teriam o relatório dos espiões, especialmente de Josué e Calebe, para se referir a esta expressão. O povo não acreditou no relatório que eles fizeram, e na conta que eles deram da terra que haviam espiado. Mas, como foi dito, é claramente o mesmo com a "promessa", no outro verso, como a coerência das palavras evidencia inegavelmente: "A palavra ouvida". A audição é a único modo e meio pelo qual os benefícios contidos em qualquer palavra podem ser transmitidos para nós. A intenção, portanto, desta expressão é aquilo que é declarado, em Romanos 10:17. “Por isso, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." Esta é a série dessas coisas. O fim da palavra de Deus é gerar a fé nos corações dos homens: isto não é imediato e absoluto, mas por meio de ouvir; os homens devem ouvir o que devem acreditar, para que possam acreditar. Por isso, embora o termo de audição seja indiferente e, na Escritura, é usado às vezes para o efeito de fé e obediência, como foi observado no último capítulo; e, às vezes, pela causa adequada desse efeito, de que é o meio; ou seja, a própria palavra. Então Isaías 53: 1, "Quem creu em nossa pregação?", Isto é, "a palavra que nos propomos a eles para ser ouvida e crida." A palavra ouvida, aqui, é a palavra da promessa, de entrar no descanso de Deus; e hJajkoh expressa a maneira de sua declaração para os homens de acordo com a nomeação de Deus; isto é, pela pregação, para que isso possa ser ouvido. E aqui depende nossa preocupação nela. "A palavra" oj logov pode ser ejpaggelia, uma "promessa" em si mesma, mas, se não for oj-logov th v ajkoh, "a palavra a ser ouvida", isto é, assim gerido pela nomeação de Deus, para que possamos ouvi-lo, - não poderíamos ter vantagem disso. Em suma, é jjaggeli a eujaggelizomenh, "a pregação do evangelho”, ou das “boas-novas", que é o mesmo. Dessa palavra é dito, que "não lhes aproveitou", eles não tiveram nenhuma vantagem por isso. Pois achamos que, apesar da promessa dada de entrar no descanso de Deus, eles não entraram. E estava tão longe de se beneficiarem dela, que ocasionalmente tornou-se sua ruína. Como se ele tivesse dito: "Considere o que aconteceu com eles, como eles morreram no deserto sob a indignação de Deus, e você verá o quanto eles poderiam ter alguma vantagem com a palavra que eles ouviram. E tal será o problema com todos que negligenciarem a palavra da mesma maneira.
"As coisas que foram ouvidas". "Não os beneficiou, porque eles não acreditavam nas coisas que foram ouvidas." Isso, embora mude as palavras, ainda não faz uma grande alteração no sentido. Eu considerarei o sentido apropriado que as palavras suportarão, ao levá-las de qualquer maneira, de acordo com a diferença da leitura, e depois mostrar o que é mais apropriado, de acordo com a mente do Espírito Santo. Todos eles também ouviram, mesmo quando ouvimos; mas não lhes aproveitou. Não suponha, portanto, que você tenha qualquer benefício de um simples aquecimento pela pregação; pois também eles ouviram, mas não lhes aproveitou, porque eles não acreditavam.
Que devemos considerar na exortação "a palavra pregada", e não qualquer pessoa, é confirmado pela maioria das cópias e seguido pela maioria das traduções antigas. Além disso, o sentido das palavras, que, por outro lado, seria obscuro, torna-se claro e adequado; porque, - 1. O outro sentido (de que as pessoas não se misturaram, a saber os que tinham fé (Josué e Calebe) com os que não tinham fé, os que falharam por isso) liga a intenção das palavras a esse tempo, época e ação particulares, quando o povo murmurou no retorno dos espiões que foram espiar a terra. Isso, de fato, era um exemplo de sinal de sua incredulidade, mas a totalidade dela ao recusar a promessa não deve ser restringida a essa instância. Pois nosso apóstolo está declarando que, em todo o curso, eles rejeitaram totalmente e finalmente a promessa. 2. Se as pessoas faladas devem ser entendidas, o texto não diz que não se misturaram com os que creram, não se uniram a eles, nem se uniram a eles, mas não misturaram as palavras ouvidas com a fé. Agora, há duas dificuldades não facilmente removíveis que atendem a esse sentido e construção das palavras: - (1.) Como os homens podem ser considerados misturados com a fé dos outros. Cameron responde que pode ser entendido como "unido com eles na comunhão da mesma fé". Reconheço que este é um bom e justo senso, mas, de qualquer forma, faz com que as pessoas, e não a fé deles, sejam o objeto imediato desta advertência, que as palavras não permitirão. (2.) Quão dura é esta construção. Mas como veremos na outra leitura mais usual e aprovada, referindo-se à palavra "misturada" ao assunto principal de toda a proposição, ou "a palavra pregada", o sentido parecerá completo e satisfatório. "A palavra não sendo misturada" às vezes é tomado no sentido natural para "misturar" ou "misturar uma coisa com outra”, como água e vinho; ou para misturar composições em remédios ou veneno. Esta mistura, que era propriamente de uma xícara para beber, às vezes foi feita para dar força e eficácia, embriagar ou dar-lhe qualquer consequência perniciosa. Por isso, "um cálice de mistura" é expresso como um agravamento: Salmo 75: 8: "Porque na mão do SENHOR há um cálice cujo vinho espuma, cheio de mistura; dele dá a beber; sorvem-no, até às escórias, todos os ímpios da terra.". Um "cálice" às vezes significa vingança divina, como em Jeremias 51: 7. A vingança aqui ameaçada a surgir até a maior severidade, é chamada de "cálice", e de "vinho", de "vinho tinto", e que "cheio de misturas", com todos os ingredientes de ira e indignação. Às vezes a mistura foi feita para temperar e aliviar, como água misturada com vinho forte inebriante. Daí um "copo sem mistura" ser uma expressão de grande indignação, Apocalipse 14:10; nada foi acrescentado ao "vinho de fúria e espanto" para tirar sua ferocidade. Entre os médicos, sujgkrama é uma "poção mista". A palavra significa, portanto, misturar duas ou mais coisas juntas, de modo que elas possam inseparavelmente se incorporar, para certos fins, atos ou operações; como vinho e água para beber; vários ingredientes para fazer um medicamento útil está incluído nesta palavra, e os expositores ilustram o sentido inteiro por várias alusões, de onde eles supõem que a expressão se levante. Algo para a mistura de coisas a serem comidas e bebidas, para que elas sejam adequadas e úteis para a alimentação do corpo; pois assim são as promessas feitas pela fé para o alimento da alma. Alguns para a mistura do fermento natural do estômago com o alimento e bebida, causando digestão e nutrição. E esta última alusão parece bem representar a natureza da fé nesta matéria. A palavra de Deus, especialmente a palavra da promessa, é o alimento das almas dos homens: assim também é chamado, e frequentemente comparado. Nosso apóstolo distribui toda a palavra, com respeito aos que a escutam, ou a recebem, em "alimento sólido" e "leite", Hebreus 5: 13,14. O todo é alimento e, no conjunto, é adequado às várias condições dos crentes neste mundo, seja forte e amadurecido em luz e experiência espiritual, seja jovem e fraco. E a mesma palavra é por Pedro chamada de "leite sincero"; que os que nasceram de novo devem desejar e fazer uso como principal alimento, 1 Pedro 2: 1,2. E com respeito a isso, a fé às vezes é expressada pela degustação, que é o sentido exercido sobre a nossa comida; o que manifesta, pode ser, que se inclua mais experiência nela do que alguns permitirão: 1 Pedro 2: 3, "se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso." E em que provamos a graça de Deus? Na sua palavra, como o salmista declara, Salmos 119: 103: "Quão doces são as tuas palavras para o meu paladar!" E, em busca da mesma metáfora, a palavra é adoçada, "mais doce do que o mel e o destilar dos favor", Salmo 19:10, 119: 103. E frequentemente é expressado por comer, onde consiste a vida da noção sacramental de comer a carne e beber o sangue de Cristo, pelo qual a expressão especial da fé sobre aquele sujeito peculiar da promessa, Cristo crucificado para nós, é expressa. A soma é, as verdades espirituais, sendo cridas, estão unidas a essa fé que as recebe, - assim incorporadas a ela como que elas se tornassem realizadas na alma e se transformassem no princípio dessa nova natureza pela qual vivemos para Deus. Desejo que isso seja carregado sobre as pessoas a quem o evangelho foi declarado no deserto. A palavra que eles ouviram não foi tão real e salvadoramente recebida pela fé para ser incorporada a ela, e para se tornar neles um princípio vivo que lhes permitisse fortalecê-los em obediência. Não é intenção das palavras declarar cruamente que eles não acreditavam em nenhum tipo ou sentido, mas que esses ouvintes não receberam e melhoraram a palavra da promessa de forma a obter o benefício total e vantagem disso. Eles tinham, como achamos, uma apreensão da verdade da promessa, que até agora prevaleceu sobre eles que às vezes eles professavam que iriam depositar sua confiança nela e regular sua obediência em conformidade com ela. Mas eles não estavam firmes aqui, porque, apesar de toda sua profissão, sua fé e a palavra de Deus nunca estavam solidamente unidas, misturadas e incorporadas em suas almas. Eles saboreavam às vezes um pouco de doçura, mas não tomaram isso para ser digerido, para que pudesse ter uma subsistência, poder e eficácia ali. Isso causou a falha do seu fim em relação a eles, - não os beneficiou; e eles falharam com o fim deles, - eles não entraram no descanso de Deus. E com a consideração disso, o apóstolo pressiona os hebreus e nós com eles. E é de grande peso. A mesma promessa foi deixada para nós quanto a eles, e este sendo o caminho pelo qual eles ficaram fracos, temos razões para estar atentos contra os próprios erros em nós mesmos. E as verdades declaradas doutrinariamente nesta última parte do verso podem ser incluídas nas observações seguintes:
Observação 4. Deus ordenou graciosamente que a palavra do evangelho seja pregada aos homens; sobre o qual depende o seu bem-estar ou a sua ruína. Para eles e para nós foi a palavra pregada; e isso é um grande efeito do amor, cuidado, graça e bondade de Deus para com eles e para nós. A palavra é como o sol no firmamento. Àquele é comparada em geral, Salmo 19. Ela possui praticamente toda a luz e calor espiritual. Mas a pregação da palavra é como o movimento e os raios do sol, que efetivamente comunicam a luz e o calor a todas as criaturas que estão virtualmente sob o próprio sol. A explicação dessa semelhança é expressamente insistida por nosso apóstolo, Romanos 10:18. E por causa desta aplicação, o apóstolo faz essa alteração na expressão. Pois, enquanto no salmo é dito "sua luz é lançada em toda a terra", com respeito em primeiro lugar e literalmente à órbita ou ao curso ordenado do sol e outros corpos celestes, ele usa essa palavra por "seu som", "voz" ou "fala", respeitando ao senso místico do lugar e da aplicação das palavras na pregação do evangelho, que se destinava principalmente a eles. O que, então, o movimento e os raios do sol são para o mundo natural, isto é a pregação do evangelho para o mundo espiritual, - para todos os que pretendem viver para Deus aqui ou para apreciá-lo a seguir. Antigamente, a pregação do evangelho era por muitos homens sábios, ou aqueles que pensavam ou se vangloriavam dele para ser estimado como loucura, 1 Coríntios 1, isto é, uma coisa desnecessária e inútil; e quanto mais sábio alguém se estimasse ser, mais com veemência ele condenaria a pregação como loucura. Mas, apesar de todo o seu orgulho, desprezo e oposição, provou a "tolice de Deus", que era mais sábio que toda a sua sabedoria; isto é, o que Deus escolheu para conciliar o seu fim, o que lhes pareceu "tolice", mas era, de fato, a "sabedoria e poder de Deus". E é aquilo de que depende o bem-estar eterno dos homens: como o apóstolo neste lugar declara, e como as Escrituras testemunham em todos os lugares. E isso pode nos direcionar para julgar de maneira justa esse desprezo e negligência, que são encontrados entre muitos que deveriam ter outros pensamentos sobre isso. Toda a obra é desprezada; e poucos deles trabalham com diligência como deveriam. Mas todos devem ter seu próprio juízo. Observação 5. A única causa de que a promessa seja ineficaz para a salvação em e para aqueles a quem é pregada, é em si mesma e sua própria incredulidade. Isto o apóstolo afirma expressamente. É concedido que "a palavra não os beneficiou". Mas qual foi o motivo disso? Era fraca ou insuficiente em si mesma? Era como a lei, que não fazia nada perfeito? Que não poderia tirar o pecado, nem justificar as almas dos homens? Não; mas a única causa disso era que não estava "misturado com fé". Deus não designou salvar os homens se eles quisessem ou não; nem a palavra de promessa é um meio adequado a qualquer fim ou propósito. Basta que seja todo o caminho suficiente para o fim em que Deus tem projetado. Se os homens não acreditam, se recusarem a sua aplicação a si mesmos, não admira se eles perecem nos seus pecados. Observação 6. Existe uma fé morta e temporária em relação às promessas de Deus, que não traz vantagens em quem está. Sabe-se com que frequência as pessoas do passado professaram que acreditavam e que obedeceriam em conformidade ao que ouviram; mas, diz o apóstolo, apesar de todas as suas pretensões e profissões, apesar de todas as convicções que tiveram da verdade da palavra e das resoluções, eles tiveram uma obediência cedente, na qual sua fé temporária consistiu, mas eles pereceram em seus pecados, porque "a palavra não estava misturada com fé neles", isto é, para verdadeiramente e realmente crer. Observação 7. O grande mistério da crença útil e rentável consiste na mistura ou incorporação da verdade e da fé nas almas ou nas mentes dos crentes. Sendo uma verdade de grande importância, insistirei um pouco na explicação e na aplicação da mesma, e isto nas observações que se seguem: 1. Há um grande respeito, relação e união, entre as faculdades da alma e seus próprios objetos, à medida que eles operam. Assim, a verdade, como verdade, é o objeto próprio do entendimento. Por isso, como não pode concordar com nada além da noção e apreensão da verdade, então, o que é realmente, sendo devidamente preferido a ela, se divide forçosa e inevitavelmente. Pois a verdade e o entendimento são, por assim dizer, da mesma natureza, e devem ser organizados de forma ordenada. A verdade recebida na compreensão não pode afetá-la nem alterá-la, mas apenas fortalecer, melhorar, ampliar, direcionar e confirmar, em suas atuações adequadas. Somente ela implora um tipo e figura de si mesma sobre a mente; e, portanto, essas coisas ou adjuntos que pertencem a um desses são muitas vezes atribuídos ao outro. Então, dizemos que tal doutrina ou proposição é certa, daquela certeza que é um afeto da mente; e nossa apreensão de qualquer coisa que seja verdade, da verdade daquilo que apreendemos. Isto é o que chamamos conhecimento; qual é a relação, ou melhor, a união, que está entre a mente e a verdade, ou as coisas que a mente apreende como verdadeiras. E, quando isso não acontece, quando os homens têm apenas concepções flutuantes sobre as coisas, suas mentes estão cheias de opiniões, elas não têm conhecimento verdadeiro e real de nada. 2. A verdade do evangelho, da promessa agora sob particular consideração, é peculiar, divina, sobrenatural; e, portanto, para recebê-lo, Deus exige em nós, e atribui-nos, um hábito peculiar, divino, sobrenatural, pelo qual nossas mentes podem ser habilitadas para recebê-lo. Isto é a fé, que não é de nós mesmos, é o dom de Deus. "Como a mente age naturalmente por sua razão de receber verdades que são naturais e adequadas à sua capacidade, por isso age espiritualmente e sobrenaturalmente pela fé para receber verdades espirituais e sobrenaturais. Aqui, essas verdades devem ser misturadas e incorporadas. Acreditar não consiste em um mero consentimento para a verdade das coisas propostas para ser acreditado, mas em tal recepção delas, o que lhes dá uma subsistência real e estando na alma pela fé. Devemos tornar as coisas mais completas para aparecer, e melhor explicá-las, se mostramos, - (1.) Como isso é expresso na Escritura, em relação à natureza, atos e efeitos da fé; (2.) Por que significa que acontece que a fé e a promessa são incorporadas. (1.) [1.] Porque a própria fé; é dito por nosso apóstolo ser "a substância das coisas esperadas", Hebreus 11: 1. Agora, aqui, "as coisas esperadas", são assim denominadas com respeito à sua bondade e ao seu futuro, nos quais elas são objetos de esperança. Mas elas são propostas para a fé e se referem a ela, como verdadeiras e reais. E, como tal, é a "substância" delas; não de forma absoluta e física, mas moralmente e em relação ao uso. Ele as traz, apresenta-as e lhes dá uma subsistência, quanto à sua utilização, eficácia e conforto, na alma. Este efeito da fé está tão longe da natureza dela, que o apóstolo faz uso disso principalmente naquela descrição que ele nos dá. Agora, isso dando uma subsistência na mente às coisas que creem, que elas realmente operarão e produzirão seus efeitos imediatos na mesma, de amor, alegria e obediência, é essa mistura espiritual e incorporação da qual falamos. E aqui reside a principal diferença entre a fé salvadora e a persuasão temporária de pessoas convencidas. Este último não dá tal subsistência às coisas que se acredita nas mentes dos homens, pois devem produzir seus próprios efeitos neles.
Pode-se dizer sobre eles, como é da lei em outro sentido: "Eles têm a sombra das coisas boas que virão, mas não a própria imagem das coisas". Não há um reflexo real das coisas que professam ter crido, em suas mentes. Por exemplo, a morte de Cristo, ou "Cristo crucificado", é proposto à nossa fé no evangelho. O verdadeiro efeito apropriado é destruir, crucificar ou mortificar o pecado em nós. Mas quando isso é apreendido apenas por uma fé temporária, esse efeito não será produzido na alma. O pecado não será mortificado, mas sim secretamente encorajado; pois é natural que homens de mentes corruptas concluam que podem continuar no pecado, porque a graça superabunda onde abunda o pecado. Do outro lado, onde a fé dá a subsistência mencionada para a morte de Cristo na alma, sem dúvida haverá a morte do pecado, Romanos 6: 3-14.
Por isso recebemos a palavra; isto é, leva-a à alma e incorpora-a consigo mesmo. Há mais aqui que um mero consentimento para a verdade do que é proposto e apreendido. E às vezes é dito por ele para receber a própria palavra, e às vezes para receber as coisas em si que são o assunto. Então, nós, da primeira maneira, dizemos "receber com mansidão a palavra enxertada", Tiago 1:21; para "receber as promessas", Hebreus 11:13; "Tendo recebido a palavra" 1 Tessalonicenses 1: 6, 2:13. Na última maneira de "receber a Cristo", João 1:12, e "a expiação" feita por ele, Romanos 5:11; quais são os principais assuntos do evangelho. E aqui reside a vida de fé; para que seja a descrição adequada de um incrédulo, que "ele não recebe as coisas do Espírito de Deus", 1 Coríntios 2:14. E a incredulidade é a não recepção de Cristo, João 1:11. Pode haver um concurso feito de uma coisa que não é recebida. Um homem pode pensar bem do que lhe é oferecido, e ainda não o receber. Mas o que um homem recebe devidamente e por si mesmo, torna-se propriamente seu. Esta obra de fé, então, ao receber a palavra de promessa, com Cristo e a expiação feita por ele, consiste em dar-lhes uma admissão real na alma, para permanecer ali como em seu devido lugar; qual é a mistura aqui pretendida pelo apóstolo. [3.] Daí e aqui a palavra se torna uma palavra enxertável, Tiago 1:21, "Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma."
A exortação é para a realidade e o crescimento na fé. Para este fim, propõe-se a palavra, como aquilo que deve ser trazido para a alma. E para esse propósito, a sala deve ser preparada para isso, pelo descarte de coisas que são capazes de possuir a mente e não deixar a admissão para a palavra. Agora, "imundície" e "superfluidade do mal", aqui destinados, são as concupiscências carnais que, pela natureza, possuem as mentes dos homens e tornam-na "inimizade contra Deus" Romanos 8: 7.
Estes são tão fixados na mente, tão incorporados a ela, que deles é denominado "carnal". E eles devem ser afastados, expulsos, separados da mente, desarraigados e rejeitados, para que a palavra possa ser trazida e recebida. E como é que isso é recebido? Como uma palavra que deve ser "implantada" ou "enxertada" na mente. Agora, todos sabemos que, ao enxertar, vem uma incorporação, uma mistura das naturezas do caule e do enxerto em um princípio comum de frutificação.
Assim é a palavra recebida pela fé, que sendo misturada com a mente, ambos se tornam um princípio comum de nossa obediência.
E, por esta conta, o nosso Salvador compara a palavra do evangelho com a semente, Mateus 13. Agora, a semente não produz frutos nem germina, a não ser que caia na terra, e se incorpora com a sua virtude frutificadora. E com respeito aqui é dito que Deus escreve sua lei em nossos corações, Jeremias 31:33. Como o nosso apóstolo o expõe, em 2 Coríntios 3: 3: "escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações." Então, é embutida, quando, com a ajuda da fé, é realmente comunicada e implantada no coração, como palavras escritas. [4] O efeito desta inscrição da palavra em nós, que pertence também a esta incorporação espiritual, é o elenco da alma no molde, tipo, imagem ou figura da doutrina dela, como o nosso apóstolo expressa, em Romanos 6:17: "Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues." Esta é a transformação da mente que somos exortados a cuidar na renovação que recebemos por acreditar, Romanos 12: 2. Como o ramo sendo enxertado ou inoculado no caule, muda a produção do caule para a do ramo enxertado, de modo que a palavra sendo por sua mistura com a fé enxertada na alma, ela altera a sua natural operação para a produção de efeitos espirituais, que antes não tinha tal virtude. E transforma também a mente inteira, de acordo com a alusão a Romanos 6.17, em uma nova forma, como a cera é alterada pela impressão de um selo na sua semelhança. [5.] A expressão da fé, comendo e bebendo, que é frequente na Escritura, como antes sugerida, dá mais luz à incorporação espiritual que investigamos. Assim, a palavra é "comida", "alimento sólido" e "leite", adaptada às respectivas eras e constituições dos crentes. E o Senhor Jesus Cristo, o principal sujeito da palavra do evangelho, diz de si mesmo que ele é "o pão que desceu do céu", que "a carne dele é comida, e o seu sangue verdadeira bebida". A fé é o alimento desta comida, esse leite, essa carne. Agora, ao comer, quando a comida é preparada, é recebida, e por uma devida digestão transformada na própria substância do corpo daquele que come, os suprimentos procedem daqui para a carne e o sangue do comedor, de acordo como os princípios da natureza exigem e direcionam. Assim também deve ser nesse assunto espiritualmente. Isto, os judeus tomando as palavras do nosso Salvador de uma maneira carnal, pensando que eles teriam que comer sua carne com os dentes, derramar o seu sangue em suas gargantas, ofenderam-se e morreram na incredulidade, João 6: 52,59. Mas ele deixa seus discípulos saberem que todo o erro estava na imaginação carnal daqueles infelizes. Ele se referiu à união espiritual de si mesmo com as almas dos crentes pela fé, o que não é menos real e seguro que a união que está entre o corpo e o alimento que recebe quando devidamente digerido, versículo 56; que "a carne", no sentido carnal, era inútil ou não lucrativa, mas que suas palavras eram "espírito e vida", versículo 63. Portanto, a palavra sendo preparada como alimento espiritual para a alma, a fé a recebe, e por uma alimentação e digestão espirituais dela, transforma-a em um aumento e fortalecimento dos princípios vitais da obediência espiritual. E então a palavra aproveita aos que a escutam. Por isso, a palavra de Cristo é dito habitar em nós: Colossenses 3:16: "A palavra de Cristo habite em vós ricamente em toda a sabedoria". Essa habitação da palavra, por meio da qual faz sua residência nas almas dos homens, é proveniente dessa incorporação espiritual ou mistura com a fé. Sem isso, pode ter vários efeitos sobre a mente e a consciência, mas não se trata de uma habitação permanente. Com alguns, ela lança seus feixes e raios para uma temporada em suas mentes, mas não é "recebida" nem "compreendida", João 1: 5; e, portanto, "não os ilumina", 2 Coríntios 4: 4. Ela vem e parte quase como o raio. Com alguns faz uma impressão transitória sobre as afeições; para que a escutem e admitam sua dispensação de alegria e satisfação presente, Mateus 13:20. Mas é como o golpe de uma mão hábil sobre as cordas de um instrumento musical, que faz um som agradável para o presente, que insensivelmente afunda até que um novo golpe seja dado; não tem residência em si. Há senão a palavra que ataca apenas as afeições, e, causando vários movimentos e sons em alegria, tristeza ou deleite, desaparece e se afasta. Com alguns, mantém suas consciências e os pressiona para uma reforma da conduta, ou, no mundo, até que façam muitas coisas de bom grado, Marcos 6:20; mas isso é através de uma impressão eficaz exterior. A palavra não permanece, ou habita em ninguém, senão onde tem uma subsistência dada a ela na alma por sua incorporação com fé, da maneira descrita. Isso, então, é salvador e lucrativo para se acreditar. E, portanto, é com muito pouco visto com os que fazem profissão. É apenas em uma espécie de terreno onde a semente incorpora-se assim com a terra para enraizar-se e produzir fruto. Muitos fingem acreditar, poucos acreditam, poucos misturam a palavra pregada com fé; o que deve nos dar a todos um zelo piedoso sobre nossos corações neste assunto, para que não nos enganemos. (2.) Portanto, vale a pena investigar como, ou por que meios, a fé é assistida e fortalecida nesta obra de misturar a palavra consigo mesma, para que seja útil e lucrativa para os que a escutam. Pois, embora seja da natureza da fé assim fazer, mas de si mesma, apenas começa este trabalho, ou estabelece os alicerces dele, e existem certos meios pelos quais é realizado e aumentado. E entre estes, - [1.] A meditação constante, em que ela mesma é exercida, e seus atos se multiplicam. A constelação da mente pela meditação espiritual em seu objeto próprio é um meio principal pelo qual a fé mistura-se consigo mesma. Este é contemplar firmemente a glória de Deus em Jesus Cristo, expressa no evangelho como por espelho, 2 Coríntios 3:18; porque a meditação da fé é uma intuição sobre as coisas que se creem, o que funciona a assimilação mencionada, ou o nosso ser "mudado para a mesma imagem", o que é apenas outra expressão da incorporação insistida. Como quando um homem tem uma ideia ou projeção de qualquer coisa em sua mente que ele produza ou efetue, ele carrega a imagem emoldurada em sua mente em sua obra, para que ela exatamente responda em todas as coisas imaginadas na mente; então, por outro lado, quando um homem contempla diligentemente o que está fora dele, gera uma ideia disso em sua mente, ou o molda na mesma imagem. E esta meditação que a fé opera, para completar a mistura ou a composição pretendida, deve ser consertada, intuitiva e constantemente, visando a natureza das coisas em que se crê. Tiago nos diz que "aquele que é um mero ouvinte da palavra é como um homem que considera seu rosto natural em um espelho, que se afasta e imediatamente esquece o que ele viu", Tiago 1: 23,24 . É assim com um homem que tem apenas uma pequena visão de si mesmo; assim é com homens que usam uma leve e superficial consideração da palavra. Mas diz: "Aquele que se arraiga diligentemente, e investiga sobre a lei da liberdade", ou a palavra (isto é, pela meditação e inquérito mencionados), "este homem é abençoado em todos os seus caminhos". Então, essa palavra significa, 1 Pedro 1:12, onde sozinho, novamente, é usado nesse sentido moral, de inquérito diligente, significando apropriadamente "curvar-se". Isto é o que nós apontamos. A alma, pela fé que medita na palavra da promessa, e o assunto de Cristo e a sua justiça, Cristo é assim formado nela, Gálatas 4:19, e a própria palavra é inseparavelmente misturada com fé, para subsistir com ela na alma e para produzir nela seus efeitos adequados, isto deve ser "ter Cristo formado em nós", e  por "pensar nas coisas que estão no alto", Colossenses 3.2, como aquelas que produzem o melhor sabor para a alma; que em ser constante irá afirmar uma mistura, incorporação e conformidade mútua entre a mente e o objeto dela. [2.] A fé define o amor no trabalho sobre os objetos propostos para serem cridos. Há no evangelho e nas promessas dele, não só a verdade a ser considerada em que devemos crer e com ela concordar, mas também a bondade, excelência, desejabilidade e adequação à nossa condição, das próprias coisas que estão incluídas nela. Sob essa consideração delas, elas são objetos adequados para o amor ser exercido. E "a fé trabalha pelo amor", não apenas em atos e deveres de misericórdia, justiça e caridade para com os homens, mas também em adesão e se deleitando com as coisas de Deus que são reveladas como adoráveis. A fé torna a alma apaixonada pelas coisas espirituais. O amor envolve todas as outras afeições em seu próprio exercício sobre elas, e preenche a mente continuamente com reflexão sobre elas e desejos por elas; e isso ajuda poderosamente na mistura espiritual da fé e da palavra. Sabe-se que o amor é muito eficaz para trabalhar uma assimilação entre a mente e seu objeto próprio. Ele irá introduzir sua ideia na mente, que nunca se afastará dela. Então, o amor carnal, ou o impetuoso trabalho dos homens por esse afeto. Por isso, Pedro nos diz que alguns homens têm "olhos cheios de adultério", 2 Pedro 2:14, Sua luxúria foi tão forjada por sua imaginação quanto uma ideia constante do objeto em suas mentes, como se houvesse uma imagem de uma coisa em seus olhos, que continuamente se representava a eles como se viu, o que quer que eles olhassem: portanto, eles estão constantemente inquietos e "não podem resistir ao pecado". Existe uma mistura de luxúria e seu objeto em suas mentes, que eles continuamente cometem loucuras em si mesmos. O amor espiritual, definido no trabalho pela fé, produzirá o efeito semelhante. Isso trará essa ideia do objeto amado para a mente, até que o olho seja cheio disso, e a alma continuamente conversa com ele. Nosso apóstolo, expressando seu grande amor a Cristo, acima de si e de todo o mundo, como um fruto da sua fé nele, Filipenses 3: 8,9, professa que isso era o que ele visava, a saber, que ele "o conhecesse, e o poder de sua ressurreição e a comunhão de seus sofrimentos, conformando-se à sua morte", versículo 10. A ressurreição, com os sofrimentos e a morte de Cristo que a precederam, ele conhecia antes e acreditava; mas ele procura mais, ele teria uma experiência interior adicional "do poder de sua ressurreição"; isto é, ele o misturaria com a fé trabalhando pelo amor a Cristo, para que produzisse nele os efeitos adequados, em um aumento de sua vida espiritual e na sua vivificação para toda santidade e obediência. Ele também estaria ainda mais familiarizado com "a comunhão de seus sofrimentos", ou obteria comunhão com ele neles; que os sofrimentos de Cristo que subsistem em seu espírito pela fé podem fazer com que o pecado sofra nele, e crucificar o mundo para ele, e ele para o mundo. Por tudo o que ele pretendia ser feito completamente "conforme a sua morte", isto é, todo o Cristo, com a sua vida, os sofrimentos e a morte, poderia tanto permanecer nele que toda a sua alma poderia ser lançada em sua imagem e semelhança. Não vou acrescentar mais nada a respeito desta verdade, mas só que é melhor manifestado, declarado e confirmado, nas mentes e consciências daqueles que sabem o que realmente é acreditar e andar com Deus sobre isso.




O Pecado e Julgamento de Esterilidade Espiritual



  John Owen (1616-1683)


Traduzido, Adaptado e Editado por Silvio Dutra

"Mas os seus charcos e os seus pântanos não serão feitos saudáveis; serão deixados para o sal." (Ezequiel 47:11)
Esta profecia contém uma visão do estado glorioso, santo e evangélico da igreja, sob a representação de um templo muito glorioso, excelentemente incomparável ao que foi construído no passado por Salomão; uma exposição de que temos, em 2 Coríntios 3: 6-8, etc.
Eis o contexto anterior ao versículo 11 do nosso texto:
1 Depois disto, o homem me fez voltar à entrada do templo, e eis que saíam águas de debaixo do limiar do templo, para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas vinham de baixo, do lado direito da casa, do lado sul do altar.
2 Ele me levou pela porta do norte e me fez dar uma volta por fora, até à porta exterior, que olha para o oriente; e eis que corriam as águas ao lado direito.
3 Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos.
4 Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.
5 Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar.
6 E me disse: Viste isto, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do rio.
7 Tendo eu voltado, eis que à margem do rio havia grande abundância de árvores, de um e de outro lado.
8 Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis.
9 Toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio.
10 Junto a ele se acharão pescadores; desde En-Gedi até En-Eglaim haverá lugar para se estenderem redes; o seu peixe, segundo as suas espécies, será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva. (Isaías 47.1-10).
O início deste 47º capítulo de Isaías estabelece o caminho e o meio do chamado e reunião das igrejas do evangelho, cuja adoração deve ser tão gloriosa; e esta está sob uma visão de "águas saindo do santuário", para curar e vivificar todos os lugares aos quais elas vierem.
Pelas águas aqui mencionadas se entende a pregação do evangelho. E podemos observar delas, primeiro, que sua ascensão era do santuário; em segundo lugar, o seu progresso, - aumentaram até se tornarem um rio que ninguém poderia passar; em terceiro lugar, seus efeitos ou eficácia, - curaram todas as águas onde vieram, e vivificaram, ou causaram a vida, dos peixes que estavam nelas.
Não devo insistir nesses detalhes.
Primeiro. A casa, ou templo, de onde essas águas saíam, pode ser tomado de duas maneiras: - 1. Misticamente, denotando apenas a presença de Deus. Deus habitando no seu templo; daí vêm essas águas - da sua presença. Ele envia a palavra do evangelho para a conversão e cura das nações, Salmo 110: 2. Ou, - 2. Figurativamente; e que seja para o lugar onde o templo dos antigos se encontrava (isto é, Jerusalém), como a pregação do evangelho fosse sair de Jerusalém, e o som dele procedesse para todo o mundo, como em Isaías 41: 27, 52: 7; Atos 1: 4,8; ou para a igreja de Cristo e seus apóstolos, o primeiro templo glorioso e espiritual para Deus, de onde estas águas foram emitidas.
Em segundo lugar. Seu progresso; o que é descrito por graus, sendo inicialmente pequeno, - poucos homens que pregam, e alguns, - mas depois aumentaram até preencher a Terra inteira.
Em terceiro lugar. Os efeitos mencionados ou atribuídos a estas águas são dois, - vivificação e cura.
Nas palavras do nosso texto de abertura (verso 11) você tem o estado e a condição dos lugares para onde as águas do santuário vêm, e os efeitos antes atribuídos a elas não são produzidos; para que as palavras sejam lidas, elas "não devem ser curadas".
Temos aqui uma descrição de algumas terras ou lugares para onde as águas sagradas vêm. Primeiro, eles são "charcos e pântanos"; em segundo lugar, o evento das águas que chegam a eles, - eles não são "curados"; em terceiro lugar, a consequência desse evento, eles são "dados ao sal".
Em breve, em algumas palavras, abrir-lhe-ei a alegoria, ou parábola.
Primeiro. Por meio das águas do santuário, eu disse-lhe, quer dizer a pregação do evangelho, - a palavra vivificadora e curadora que o Senhor envia para reunir sua igreja para si mesmo em todo o mundo, para chamar seus santos a esse glorioso evangelho, na adoração espiritual, que é aqui descrita nesta visão de um templo.
Em segundo lugar. Os "charcos e pântanos", onde essas águas vêm, são tais onde as pessoas estão inseparavelmente ​​e incuravelmente em seus desejos e pecados, para que eles não sejam curados pela palavra. A palavra de cura do evangelho vem, mas eles não a recebem; a água flui sobre eles, eles não bebem, não são vivificados nem curados por ela.
Em terceiro lugar. Para ser "dado ao sal", deve ser deixado para a esterilidade, Deuteronômio 29:23; Juízes 9:45; Jeremias 17: 6.
O sentido figurativo da passagem assim explicada nos dará as seguintes observações: - Observação I. Deus se agrada em enviar as águas do santuário para "lugares espinhosos e pantanosos", que "nunca serão curados" nem feitos frutíferos; - ou, Deus, em sua infinita sabedoria, se agrada em enviar a pregação da palavra a alguns lugares em que não apresentará seu poder e virtude vitorioso e santificador sobre as almas dos que o ouvem.
II. Todos os lugares do mundo são estéreis, insípidos e insalubres, antes da chegada das águas do santuário sobre eles; - ou, as almas de todos os homens estão espiritualmente mortas e cheias de terríveis distúrbios, até serem vivificados e curados pela dispensação do evangelho. A palavra deve vir e curá-los.
III. As águas do santuário são águas curativas; - ou, a palavra do evangelho é, em sua própria natureza, uma palavra vivificadora, curativa, santificadora e salvadora, para aqueles que a recebem.
IV. Onde as águas do santuário vêm, e a terra não é curada, essa terra é despojada do Senhor para sal ou esterilidade para sempre; - ou, onde a palavra do evangelho é, pela disposição infinitamente sábia de Deus, pregada a um lugar ou a pessoas, e elas não o recebem para que os seus pecados sejam curados por ele, geralmente são, depois de uma época, abandonadas, pelo juízo justo de Deus, à esterilidade e à ruína eterna.
É essa última proposição, como a designação direta e o escopo do lugar, sobre o que eu pretendo insistir principalmente. Mas ainda falo um pouco sobre o anterior. Deus se agradou muitas vezes, em sua infinita sabedoria, de enviar a pregação da palavra a alguns lugares em que não apresentará seu poder e virtude vitorioso e santificador sobre as almas daqueles que a ouvem. Toda a Escritura e toda a história da providência de Deus ao enviar o evangelho ao exterior no mundo, testemunha essa verdade. Era o caminho dele desde o fundamento do mundo, e continua até o dia de hoje. Daí foi a queixa do profeta, Isaías 53: 1, "Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?"- o evangelho é pregado para aqueles que não acreditam na sua pregação; - e o capítulo 49: 4 "Eu mesmo disse: debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças; todavia, o meu direito está perante o SENHOR, a minha recompensa, perante o meu Deus." Mas não precisamos de nenhum exemplo maior que o de nosso Salvador, que passou a maior parte de seu ministério na pregação para aqueles que nunca foram curados, nunca se converteram nem se santificaram por sua palavra. Aquele testemunho que ele dá do seu trabalho, em Mateus 11: 21-24: " Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E, contudo, vos digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo." Agora, embora não haja busca nas profundezas dos conselhos de Deus, ainda existem muitas razões pelas quais a sabedoria dessa dispensação resplandece; como, - 1. Ele o faz principalmente porque, naqueles lugares onde a palavra é rejeitada pela generalidade do povo, ainda pode haver algumas almas secretas e pobres pertencentes à eleição da graça, a quem Deus terá reunido e chamado de casa para ele mesmo. Por causa deles, embora no mundo não sejam avisados, a palavra será pregada às multidões. Amós 9: 9: "Porque eis que darei ordens e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode trigo no crivo, sem que caia na terra um só grão." Os grãos de Israel devem ser preservados em todas as nações da terra, para que nenhum grão seja perdido. Assim, Paulo prega o evangelho em Filipos, Atos 16: 12,13. E o que o empenho encontrou nisso? Ele e seu companheiro são levados e espancados, e lançados na prisão; versos 22, 23. Por que, então, foi que o evangelho deveria ser pregado lá? Por que havia uma estrangeira naquela cidade, uma pobre mulher chamada Lídia, que morava em Tiatira, e ela deveria se converter, e trazida para a casa de Deus, versículo 14. Então, em Atenas, capítulo 17:34. E o apóstolo afirma que "suportou todas as coisas por amor aos eleitos", 2 Timóteo 2:10. Aqui e ali, uma pessoa desprezada é projetada para ser chamada. 2. Deus faz isso para um testemunho contra aqueles que não o recebem, e deixá-los assim, inexcusáveis ​​no último dia. Marcos 6:11: "Se nalgum lugar não vos receberem nem vos ouvirem, ao sairdes dali, sacudi o pó dos pés, em testemunho contra eles." A palavra deve ser pregada, e testemunhar, por assim dizer, é para ser levada àquele que foi pregada, para que os homens possam ser deixados sem desculpas no último dia. Como nosso Salvador invoca a respeito de sua própria pregação aos fariseus, João 15:22: "Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado." Deus fará com que os homens estejam sem desculpas, por aquela misericórdia que lhes foi feita no evangelho. Deve ser um testemunho contra eles no último dia. Aplicação. Que os homens não se vangloriem no mero gozo exterior da palavra. seria bom, de fato, se fossem crentes todos a quem a palavra é pregada, - se todas as terras fossem curadas, onde vieram as águas do santuário; mas o Espírito Santo nos diz que não é assim, Hebreus 4: 2, "A palavra pregada não os beneficiou." Cafarnaum foi "exaltado ao céu", no uso de meios; mas "trazido para o inferno" pela negligência deles. Deixe os homens olhar para si mesmos; Deus tem diversos fins ao enviar o evangelho. O Senhor sabe qual será o fim da Inglaterra desfrutando o evangelho enquanto isso acontecer. Os tristes sintomas aparecem de um tremendo problema. Mas devo falar disso depois.
II. As almas de todos os homens estão espiritualmente mortas e cheias de terríveis distúrbios, até serem vivificados e curados pela dispensação do evangelho. As águas do santuário devem vir, para vivificá-los e curá-los. Eles são destruídos, portanto, e com lamentação, antes da chegada dessas águas. Assim, o apóstolo nos informa, em Tito 3: 3-7: "Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna." Antes que a graça do evangelho venha curá-los e purificá-los, esse é o estado e a condição dos homens; como é mais amplamente descrito pelo apóstolo, Romanos 1:18 até o fim. Não devo deixar de mencionar todas as desordens particulares que se enfurecem em alguns, e essa regra e reinado em tudo antes da vinda do evangelho; como a escuridão, a cegueira, a ignorância, a mentalidade mundana, a sensualidade, o ódio de Deus, a inveja e a maldade, que são fixados nas almas dos homens por presunção e justiça pessoal. Não há nada neles da vida espiritual ou da santidade, da pureza ou do zelo, nada que seja aceitável ou agradável a Deus. Mas, para expor isso ao máximo, descreveria toda a condição natural dos homens, o que não é o meu trabalho atual; e, portanto, não vou mais insistir nisso.
III. A palavra do evangelho é, em sua própria natureza, uma palavra vivificadora, curativa, santificadora e salvadora para os que a recebem. Elas [as águas do santuário] trazem Cristo junto com elas, o grande médico das almas, o único que é capaz de curar uma alma doente do pecado. Elas trazem misericórdia com elas para perdoar os pecadores, para que "os habitantes da terra não mais digam que estão doentes, tendo seus pecados perdoados", Isaías 33:24. Elas trazem a graça com elas para curar todas as maldades das concupiscências, Isaías 11: 5-7; Tito 2: 11,12. Essas coisas que eu apenas abordei e seguem agora para a quarta observação. Onde as águas do santuário vierem, e a terra não é curada, essa terra é despojada do Senhor para sal e esterilidade para sempre; - ou, onde a palavra do evangelho é pregada a um lugar, ou a pessoas, e eles não o recebem para que os seus pecados sejam curados por ele, eles são entregues pelo justo juízo de Deus para a esterilidade e a ruína eterna. Para limpar esta proposição, devo mostrar: 1. O que quero dizer com a vinda das águas do santuário, ou a pregação do evangelho, a um lugar ou a pessoas; 2. O que é curar seus distúrbios pecaminosos; 3. O que é ser entregue à esterilidade e à ruína. 1. Pela chegada das águas curativas do santuário, não me refiro à pregação ocasional de um sermão, embora isso seja suficiente para justificar Deus na rejeição de qualquer pessoa. Na primeira pregação do evangelho, a recusa de um sermão perdeu muitas almas durante toda a eternidade. Quando o Senhor Jesus enviou seus discípulos para pregar as novidades da paz eterna, ordenou-lhes que passassem pelas cidades e aldeias e lhes oferecesse paz e misericórdia na palavra da verdade; que se eles não recebessem, eles deveriam sacudir a poeira de seus pés contra eles, Mateus 10: 12-15; Lucas 10: 8-12. Mas há a paciência indescritível de Cristo para muitos no mundo, quando a palavra continua por um tempo muito longo, e a salvação nela é desprezada! Mas isso é o que eu pretendo como a regra da dispensação mencionada, ou seja, quando Deus, por sua providência, faz com que a palavra seja pregada para alguma continuação e para a revelação de todo o seu conselho; como Paulo afirmou ter feito em Éfeso, Atos 20:27, onde ele viveu acima de um ano. Ou eu não quero dizer águas, mas as águas do santuário; nenhuma pregação comum, mas a pregação do evangelho de Jesus Cristo: o que Paulo afirma ser sua obra, Efésios 3: 8. Nem todas as águas não são as águas do santuário; nem toda pregação é a pregação do santuário. Existe a pregação no mundo em que Deus e as almas dos homens não se preocupam mais do que em uma oração de um antigo povo pagão. Muitos se comprometem a ser pregadores que nunca "ficaram no conselho de Deus", como ele se queixa, em Jeremias 23:22, que nunca receberam do Espírito de Cristo, nem conheciam a mente dele, sendo os líderes cegos dos cegos. Aos filhos de Sião é prometido, segundo o evangelho, que "todos serão ensinados de Deus". E temos homens que se comprometem a ser professores daqueles, que nunca aprenderam nada de Cristo; - uma geração perversa de almas assassinas, para cujo trabalho amaldiçoado inventam todos os dias novos motivos, - a quem a alma do Senhor abomina. Veja a sua condição e porção, em Ezequiel 34: 3,4, etc. Quero me referir, portanto, a uma dispensação da palavra de acordo com a mente de Cristo, - o desdobramento do mistério do evangelho. Esta é a vinda que eu pretendo.
2. O que significa que seus transtornos pecaminosos não são curados? Veja o que as águas do santuário chegam a fazer: se isso não for efetuado, eles não são curados. Agora, há dois efeitos aqui atribuídos às águas do santuário: (1.) Elas vivificam e dão nova vida, verso 9. Uma vida natural que eles tiveram antes, mas estas lhes dão outra vida. (2.) Cura, como as das águas de Jericó por Eliseu, 2 Reis 2:21. Onde esses efeitos não são produzidos, essa é a condição descrita, esse é o estado desses "charcos e pântanos", - eles não são curados: - (1.) Os homens não são vivificados; eles não recebem uma nova vida espiritual; eles não são tão trazidos ao conhecimento de Deus. Não é suficiente que os homens tenham afetado suas afeições, ou suas vidas, em certa medida, reformadas; - a menos que sejam vivificados, a menos que recebam uma nova vida espiritual pela palavra, eles são como os lugares não curados, sobre os quais a maldição aqui mencionada paira. (2.) A cura dessas almas vivificadas consiste na cura e mortificação de seus pecados. Um segue o outro. Onde há vida, haverá cura. Que os homens não pretendam viver espiritualmente, se suas concupiscências não forem curadas. Se os homens estão orgulhosos, mundanos, sensuais, estão mortos também; não há efeito das águas do santuário sobre eles. Se os homens não são santos, humildes, crentes e zelosos, se não recebem o espírito de oração e fé, eles não são curados. Esta é a condição dos "charcos e pântanos" aqui mencionados: Deus, em sua infinita sabedoria e bondade, faz com que o evangelho seja dispensado entre um povo, para ser pregado, onde eles deveriam atendê-lo; mas não são convertidos pela palavra, não santificados por ela, mas continuam em seu antigo estado e condição. Ele era imundo e ainda está imundo. aquele que era injusto permanece em seu antigo estado; - aquele que estava na lama do mundo e no pecado está como águas paradas. 3. Qual é a porção dessas pessoas? Elas "serão dadas ao sal", isto é, como mostrei, à esterilidade, à inutilidade e à ruína eterna. Este é o significado da proposição; e é uma palavra terrível, que ainda é verdade, e irá provar isso no último dia. Ai dos "charcos e pântanos" do mundo! Ai das pessoas e dos lugares a quem as águas do santuário vieram e não são curadas! Não precisarei insistir muito na prova da proposição, as Escrituras são muito abundantes com testemunhos disso. Mas eu devo fazer estas três coisas: 1. Nomear alguns textos que claramente falam a mesma verdade; 2. Mostrar os graus em que Deus prossegue geralmente nesta grande obra, ao desistir dos escravos não lucrativos para a ruína; 3. Dar o argumento disso: - 1. Para outras Escrituras que afirmam a mesma verdade, tome Provérbios 1: 24-31, "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão."- Provérbios 29:1,"O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura."; - Lucas 13: 6, " Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou.", etc. Então, Hebreus 10: 28-30: “Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.”; 2 Coríntios 2:15, 16. “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?”
2. Para os graus de rejeição, veja Ezequiel 10:18, 11:23; Hebreus 6: 8: "mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada." Eles são primeiro rejeitados, depois amaldiçoados e finalmente queimados. Mas, - 3. No que eu devo insistir principalmente, é mostrar os caminhos pelos quais Deus geralmente procede a desistir de tais pessoas para a esterilidade e, assim, para a condenação eterna: (1.) Ele os expulsa de seus cuidados. Então, em Hebreus 6: 8, a terra é "rejeitada", o dono não se importará com uma terra tão improdutiva; ele não vai mais investir nela, mas deixá-la para sua própria esterilidade. Deus é o grande fazendeiro, João 15: 1. Então, Ezequiel 24:13, tiveram seu tempo e estação, e "não são purgados", portanto "eles não serão mais purificados". Jeremias 6: 29,30: "O fole bufa, só chumbo resulta do seu fogo; em vão continua o depurador, porque os iníquos não são separados. Prata de refugo lhes chamarão, porque o SENHOR os refugou." Isto, o Senhor Jesus Cristo, declara ser o caminho dele para prosseguir com eles, Zacarias 11: 8,9, "A minha alma os detestava, e sua alma também me abominava. Então disse: Eu não vou te alimentar: que isso morre, deixe-o morrer; e que isso deve ser cortado, deixe-o ser cortado; e deixe o resto comer cada um a carne do outro." Uma triste separação, o Senhor sabe! Eles desistiram de Cristo, - e ele desiste deles; e sua reunião será infinitamente mais triste com eles. Agora, o Senhor faz vários caminhos: - [1.] Ele às vezes removerá completamente o evangelho deles; - afastará o fluxo das águas do santuário, para que não venha mais para eles. Então ele ameaçou a igreja em Éfeso no passado, Apocalipse 2: 5, " Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras", “e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas." Não terá mais a luz da palavra; deve ser removida e retirada deles. Ah! Quantos lugares se encontram sob este juízo pesaroso de Deus neste dia, - esta sentença de ser entregue ao sal para sempre! Locais no mundo que gostaram da palavra na época designada por Deus, e com a oportunidade de apreciá-la; mas continuando não lucrativo sob ela, qual é agora o seu estado e condição? Deus os deixou a esse doloroso julgamento, que eles próprios deveriam ser instruídos para expulsar a palavra de entre eles; como a mulher tola, derrubando a casa com as próprias mãos; e assim eles têm a escuridão para uma visão, e aqueles que não se regozijarão com a verdade, e com a luz, estão agora, através do tremendo julgamento de Deus, vagando na escuridão e em uma coisa de nenhum valor. É verdade, o evangelho pode às vezes ser tomado por um período de um povo para o seu julgamento. Agora, como o Senhor tem muitos fins gloriosos em tal dispensação, pode-se facilmente saber se as pessoas perderam o evangelho apenas por uma temporada, de maneira experimental; ou como um começo de sua entrega ao sal e à esterilidade. Como, - 1º. Os que são privados por uma época de prazeres evangélicos por seu julgamento, são sensíveis ao descontentamento de Deus e se humilham muito por sua conta. Eles dizem que, como a igreja em Miquéias 7: 9, "Sofrerei a ira do SENHOR, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito; ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça." Eles consideram isso como a maior calamidade e julgamento que pode acontecer com eles; considerando que aqueles que sofrem a pena, estão muito pouco preocupados com isso, ou se regozijam demais com isso. A palavra os atormentou, e eles estão felizes por eles serem libertos. Apocalipse 11:10: "Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra." Alguns nunca se regozijam mais do que quando abandonaram o evangelho; e outros são como Gálio. Agora, quando tais como estes têm a palavra tirada deles, e não são sensíveis ao desagrado do Senhor nisto, nem se humilharam diante dele por esse motivo, é uma certa evidência de que Deus os está entregando ao sal; isto é, à esterilidade e ruína eterna. 2º. Os que estão privados disso por uma temporada em uma forma de julgamento não têm descanso, mas são sinceros com o Senhor para o retorno dele. 1 Samuel 7: 2, a arca se foi; e apesar de terem paz e abundância, e todas as coisas em abundância, todavia, nem todas satisfazem; a arca está ausente, essa promessa da presença de Deus, e eles lamentaram a sua ausência. Assim é com isso; - Deixe-os ter paz, ou liberdade, ou prosperidade, tudo é o mesmo; se eles não tiverem a arca, se não tiverem o evangelho e as ordenanças de Deus, eles não podem descansar, mas ainda lamentam a ausência do Senhor, ainda desejam o prazer de sua palavra. Davi expressa excelentemente essa estrutura de coração, no Salmo 63: 1,2, " Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória." Ele foi expulsado das ordenanças de Deus; as águas do santuário não vieram para ele. Mas agora, de quem a palavra é tomada, não há como se preocupar com isso, nem há muito tempo depois; eles se regozijam no que têm em mãos, - estão extremamente satisfeitos sem isso. Deixe-os ter um aumento de trigo, vinho e óleo, - deixem que eles tenham suas concupiscências e seus esportes, suas formalidades e loucuras atendidos, - eles não se preocupam se já ouviram falar da palavra do evangelho. Tais homens certamente estão entrando em uma condição de sal, de esterilidade e ruína. 3º. Os que estão privados da palavra por uma temporada para a sua provação, têm uma alta estimativa e valor de sua misericórdia e privilégio com que a apreciam. Eles não pensam que o orgulhoso feliz, nem a inveja de uma maldade próspera, não se curvam em seus corações diante dos Hamãs da terra.
Mas há aqueles que se acham abençoados gostam da palavra e da presença de Deus nela. Isto nosso Salvador ensina-os a estimar, Lucas 11:28, "Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!" Davi exprime de forma excelente este quadro de coração, no Salmo 84: 4 "Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente." "Eu sou", diz ele," um pobre despedido, privado de sua palavra e ordenanças. Ó a condição abençoada de quem gosta deles! Sejam o que forem sobre o seu estado externo, estão em uma condição abençoada se eles puderem habitar em tua casa, - desfrutando dos privilégios da casa espiritual de Deus e da sua adoração, no evangelho". Este é o quadro de tais pessoas, - aqueles que eles estimam abençoados, que são vivificados com as águas do santuário; mas ninguém é mais desprezado por aqueles de quem o evangelho é removido judicialmente. É o grande, o poderoso, o rico e o sensual, que eles consideram abençoados; aqueles que eles consideram como a sujeira ou a lama. Agora, é que Deus pode ao mesmo tempo remover seu evangelho de um lugar, judicialmente de alguns, e por meio de uma provação dos outros, por meio do que esses efeitos contrários são produzidos: - Alguns são humilhados sob a mão do Senhor, lamentam-se em sua presença e são contados como os abençoados que desfrutam de suas ordenanças; - outros triunfam e se regozijam em sua condição, considerem-na boa e abençoada; pelo menos, estão pouco preocupados com a dispensação de que Deus está lidando com eles. E como o Senhor faz bem ao primeiro por este exercício, preparando-os também para mais mercês, em uma estimativa maior de sua palavra e benefício sob isso quando apreciado; por outro lado, esta é a entrada da sua ruína; - eles são expulsos do cuidado de Deus, e você nunca vê esse povo obter depois misericórdia. [2.] Deus faz isso às vezes, embora ele faça a palavra a ser continuada para eles, - restringindo a eficácia dela, para que não lhes aproveite.
Os homens podem ter vivido a ocasião que Deus lhes deu para serem curados, e, no entanto, Deus trabalha para fazer naquele lugar em que vivem; para que a palavra seja pregada. Algumas almas pobres entre eles devem ser vivificadas ou curadas, chamadas ou edificadas; pelo que ele não desviará o curso destas águas sagradas, mas continuará a dispensação do evangelho. Mas quanto aos que resistiram à sua época de cura e são expulsos do cuidado de Deus, Deus ordenará para que a palavra não tenha poder sobre eles. Agora, embora o juízo justo de Deus tenha uma mão nesse assunto, ainda assim, por sua permissão, suas próprias concupiscências são a causa imediata disso; como, - 1º. Eles terão alguns preconceitos contra aqueles por quem o evangelho é anunciado no poder e na pureza dele, o que os impedirá de atender ou aproveitar a sua mensagem. Assim, nos dias de Acabe, havia quatrocentos pregadores que tinham uma mente para ouvir; mas eram todos falsos profetas, professores de mentiras, idólatras e supersticiosas: somente dois profetas do Senhor, Elias e Micaías, e ambos observados como seus inimigos, para que eles não acreditassem em nada do que eles pregavam. 1 Reis 21:20; 22: 8. Assim acontecerá com muitos a quem Deus deixará ao sal, porque a ocasião de sua cura foi resistida; - embora a palavra seja pregada, eles terão preconceitos contra os seus pregadores, para que eles não se beneficiem com eles. E poucos pensam que esses preconceitos e pensamentos duros são cadeias e grilhões para mantê-los no julgamento do grande dia. E desta natureza também há outros preconceitos que os homens têm. 2º. Ele os sofrerá de forma invariavelmente endurecida no amor de algum pecado ou luxúria, o que impedirá o poder da palavra em seus corações. Então, o terreno aqui que não é curado é dito ser "charco e pantanoso", como tendo uma mistura de imundície incorporada nele suficiente para repelir toda a virtude das águas curativas do santuário. Assim, vemos os homens todos os dias tão furiosamente concentrados em suas concupiscências e sensualidade, que odeiam e estão cheios de loucura e ira, tudo o que os persuadiria para a sobriedade: muito mais a palavra do evangelho os atormenta, para que eles se levantem com fúria contra ele; e isso os impede de lucrar com isso. "Eles são dados ao sal". 3º. Deus retira a eficácia de seu Espírito na dispensação da palavra, para que ela não tenha essa força e poder sobre eles como tem sobre os outros. Deus envia sua palavra em uma aliança; e então é sempre acompanhada com o seu Espírito, Isaías 59:21. E, quando Deus trata dos homens na misericórdia da aliança, estes vão juntos. Mas agora, quando ele expulsa os homens dos seus cuidados, embora a palavra possa ser pregada ao ouvido, por causa de alguns outros a quem ele ainda cuida, ainda assim ele disse sobre eles, para que seu Espírito não mais trabalhe com eles. E daí é que a palavra não faz impressão neles, - e a virtude curativa é retida. E esta é a primeira coisa que o Senhor faz a tão pobres criaturas que ele deixa ao sal, esterilidade e ruína, por terem desprezado a ocasião e os meios de sua cura, - ele os expulsa de seus cuidados, quanto à dispensação da palavra.
Aplicação 1. Não se surpreenda se você vê uma diversidade de sucesso na pregação da palavra. Alguns a recebem com alegria; outros a desprezam como coisa de nenhum valor.  De onde procede essa diferença? As multidões são rejeitadas por Deus, - expulsas de seus cuidados, - terra estéril; ele não os aumentará mais. Um estado amaldiçoado! Não se maravilhe com que muitos se recusem a ouvir a palavra, e que amem a mentira; eles são entregues por Deus às suas concupiscências. Não se maravilhe com o fato de que a palavra que eles ouvem não os afeta mais; - o poder do Espírito é retido neles. As mutações são assim afugentadas dos cuidados de Deus, e os sinais da praga estão sobre eles. Eles gostam de sua condição, regozijam-se e triunfam nela, não pensam que não sejam tão felizes quanto aqueles que amam as águas do santuário, mas os desprezam: tudo o que são sinais desta peste dolorosa. Eles podem expulsar o evangelho de qualquer lugar? eles podem apagar a luz que está nele? eles podem triunfar sobre os caminhos de Deus? - eles supõem terem obtido uma grande vitória. Este não é um juízo comum: eles são criaturas pobres, certamente expulsas do cuidado de Deus; "Eles são dados ao sal", e é um milagre de misericórdia, se algum deles se curar. Oh! É uma coisa lamentável olhar para um lugar ou pessoas que dão evidências de que resistem à ocasião de sua cura, como fazem tantas pessoas nessa nação! Como nosso Salvador apontou isso em referência a Jerusalém, Lucas 19: 41,42 "Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos." Oh! Se não tivéssemos mais nenhuma medida daquela piedade e compaixão que habitaram em sua alma sagrada, como poderíamos passar pelas cidades, e ver e ouvir, e não lamentar!
Aplicação 2. Pegue o conselho do profeta, Jeremias 13:16 "Dai glória ao SENHOR, vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão." (2.) A segunda coisa que Deus faz, ao desistir de uma terra não curada para a esterilidade, é o seu endurecimento judicial, ou deixando-os com dureza e impenitência, para que possam preencher a medida dos seus pecados. Hebreus 6: 8: "O que produz cardos e espinhos é rejeitado, e está perto da maldição." Quando o cuidado de Deus já foi tirado deles, eles estão perto da maldição. A próxima coisa que Deus lhes fará, é amaldiçoá-los, como o nosso Salvador fez à figueira estéril. Este julgamento lamentável é em grande parte estabelecido, Isaías 6: 9,10, "Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais.
Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo." Isaías era um pregador do evangelho; "Contudo, isto", diz Deus, "será o efeito de sua pregação para com os que resistiram e não foram curados pela palavra". E João nos diz que isso foi cumprido quando o evangelho foi pregado por nosso próprio Salvador, João 12: 40,41. E certamente a sua condição é muito lamentável, a quem se endurece com a pregação do evangelho, - a quem o único remédio destrói. Agora, há quatro coisas neste juízo espiritual que Deus envia sobre almas não curadas: - [1.] Cegueira da mente e da compreensão. Sua cegueira natural e ignorância devem ser aumentadas e confirmadas; e por duas maneiras: - 1º. Deus lhes enviará um "espírito de sono", Romanos 11: 8; isto é, uma grande negligência quanto às coisas do evangelho que lhes é falado ou pregado. Como os homens que dormem, não conhecem o que lhes é falado ou sobre eles; eles ouvem um barulho e, às vezes, discernem um pouco o que é falado, mas não para nenhum uso ou propósito: assim é com essas pessoas sobre quem Deus envia judicialmente esse espírito de sono; eles ouvem o som da palavra, e às vezes, pode ser, que tomem conhecimento de uma coisa ou outra que é falada; mas receber e entender o seu desígnio, ponderá-la e aplicá-la, isto não podem fazer; - porque estão sob um sono espiritual. Podemos ver multidões nessa condição todos os dias. A palavra não tem vida nem vigor para com eles; eles não percebem a mente de Deus nela; eles não entendem isso. Deus lhes deu um "espírito de sono", e eles morrem sob ele. 2º. Deus lhes envia um espírito de vertigem, fazendo-os errar em seus caminhos, Isaías 19:14. Temos um exemplo notável desse julgamento de Deus, em 2 Tessalonicenses 2: 10-12: “e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” As águas do santuário vieram a eles, e não foram curados; o evangelho foi pregado para eles, mas eles resistiram a ele. Não receberam o amor da verdade; eles não acreditaram e obedeceram, para que fossem salvos; - porque tinham prazer na injustiça. Como, então, Deus lida com eles? Verso 11, ele lhes enviará um espírito de vertigem ou ilusão, que "eles devem acreditar em uma mentira", falsa doutrina, adoração falsa, superstição e idolatria. Eles crerão e terão prazer; o que terá o fim terrível mencionado, versículo 12. E este julgamento, como já está acontecendo com muitos, então está à porta. Vemos homens todos os dias que durante alguns anos, podem apreciaram a pregação do evangelho; mas não sendo curados, vivificados e santificados por ele, estão agora, com toda ganância, desgastados para seguir as fábulas, por um lado, ou a superstição por outro; - há um espírito de vertigem do Senhor sobre eles. E por esses meios permanecem em trevas. [2.] A obstinação na vontade, ou a dureza do coração propriamente chamado assim, está também neste julgamento de Deus. Deus desistirá de pessoas não curadas com dureza de coração. Assim é, naquele lugar de Isaías 6:10: e é o mesmo com o que o apóstolo chama de "mente reprovável", em Romanos 1:28; isto é, uma mente e um coração que são bons para nada em relação às coisas espirituais, - desprezíveis e totalmente insensíveis a elas. E quando isso acontecer, eles desprezarão abertamente a palavra, e a expulsarão, usando uma falsa pretensão ou outra para fazê-lo; como em Jeremias 44:16, 43: 2. Tantas pessoas, sempre que a palavra é pregada para elas, e estão voltadas para suas imaginações carnais ou afeições ou desejos sensuais, se levantam em seus corações com desprezo e raiva contra ela. Às vezes, eles cortam sua maldade em seus corações por alguma pretensão ou outra: "Isto pode ser pelo humor ou a singularidade do pregador". Ou às vezes sua raiva os carregará diretamente contra a palavra, sem qualquer pretensão, senão porque isso os desagrada. Ou se eles não caem assim em orgulho e ira (o que geralmente é ocasionado por suas tentações), eles se tornam totalmente insensatos, estúpidos e despreocupados quanto às coisas de Deus. Deixe a palavra trovejar do céu contra seus pecados, e eles não consideram isso ; que a voz ainda que pequena do evangelho os persuada para a reconciliação, eles não se interessam por isso; que os juízos de Deus estejam no mundo, se escaparem eles não estão preocupados com eles. Eles alcançam suas próprias pessoas, têm ira, e vexação; mas eles não podem se arrepender ou se voltar para o Senhor. Esta é, aparentemente, a condição da maioria do mundo. [3.] A sensualidade das afeições está também neste julgamento, Romanos 1:26, "Ele os entregou a vis afeições", isto é, colocaram suas afeições sobre coisas vis e sensuais. As pessoas não curadas devem fazê-lo. Nossas ruas, casas, e muitos outros lugares, estão cheios desses cujas afeições são apegadas com loucura em coisas vis; e eles se encaixam nelas, pouco pensando que isso faça parte do julgamento para o qual eles são entregues por Deus por sua inutilidade sob a palavra, - por não serem curados pelas águas do santuário. [4.] Cauterização de consciência. 1 Timóteo 4: 2, "Tendo a consciência cauterizada." Efésios 4:19: " os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza." Qualquer que seja o pecado que cometam, ou a condição em que caírem, a consciência não deve mais cumprir seu dever neles e para eles e esta é a segunda coisa que Deus fará em relação a tais pessoas não curadas. (3.) A terceira coisa considerável é a consequência deste trato de Deus com eles, ou o que se entende por tornar-se sal da terra. Duas coisas, como mostrei antes, são destinadas: - [1.] Esterilidade nesse mundo; [2.] Ruína eterna no mundo por vir: - [1.] Esterilidade. Eles nunca devem dar nenhum fruto para Deus. Esta foi a maldição que nosso Salvador deu à figueira: "Nunca mais cresça fruto de ti". O homem foi feito para dar frutos para Deus; - Isto é tudo a que ele veio para o mundo. Agora, quando Deus deve dizer a alguém: "Vai nos teus caminhos; Você nunca mais fará mais nada enquanto viver neste mundo; você nunca deve me dar nenhum fruto."- em que julgamento mais estranho pode algum homem cair? Eu posso mostrar-lhe a miséria desta condição em muitos detalhes. [2.] A ruína eterna, e isso é irreparável. Provérbios 29: 1: "Aquele que, muitas vezes repreendido, endurece  a sua cerviz, de repente será destruído, e isso sem remédio." João 15: 6: "Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam." 2 Tessalonicenses 2:12," a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça." Hebreus 6: 8" Mas o que produz cardos e espinhos é rejeitado, e está perto da maldição; cujo fim é ser queimado." Esta é a consequência inevitável daquela terra que é deixada em sal, porque não foi curada; e das pessoas que, passando a sua ocasião de vivificação e santificação pela palavra, são entregues à esterilidade e à ruína. Não fará bem nem a você ou a mim lisonjeá-lo, e colocá-lo em melhor esperança do que a sua condição irá admitir. Veja Ezequiel 33: 8: "Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti." Aplicação 1. Para exortação. Faça uso da sua temporada, para que você não caia sob este julgamento doloroso e inexprimível. Deus dá aos homens uma época, um espaço para se arrependerem, Apocalipse 2:21. Este espaço e época, como mostrei a você antes , não é sempre o tempo todo em que o evangelho é pregado para você. A palavra pode ser pregada, e ainda assim sua eficácia totalmente retida de você, e isso porque seu tempo e temporada se foram. E assim acontece diariamente; e você não sabe quanto tempo isto pode ser sua porção, e você não percebe isso. Portanto, o apóstolo é tão fervoroso em exortar os homens a fazerem uso do seu dia, antes que a ocasião se afaste, Hebreus 3: 12,13: "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado." Como se ele dissesse: "Tenha cuidado de si mesmo; mova-se: porque, se o seu dia for passado, já foi para sempre; então, será tarde demais para você cuidar da misericórdia." E, ainda, 2 Coríntios 6: 2," (porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação)". Se você precisar de qualquer mercadoria que possa ser obtida senão apenas em uma feira, - naquele dia, naquela época você não negligenciará. Você está necessitado, tenho certeza, de graça, misericórdia, perdão, de Cristo, vida, e salvação; há apenas este dia, nesta temporada, para você obtê-lo. Que você seja persuadido a procurá-lo antes de se esconder de você! Veja Hebreus 10:31: "É uma coisa terrível cair nas mãos do Deus vivo". Então, o mesmo apóstolo diz novamente, em Hebreus 12:15: "atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados." Use toda a diligência neste assunto. Para incentivá-lo um pouco para isso, considere, - (1.) Que se você não for curado durante sua temporada, você nunca pode ser curado. Se o evangelho não o cura, você deve morrer nos seus pecados. Os homens estão muito enganados, quando se lisonjeiam de que nunca possa ser tão tarde para eles neste mundo, - há tempo suficiente enquanto estão vivos. Ai! você tem apenas sua temporada; e isso pode acontecer com você muitos dias antes de sair do mundo, sim, muitos anos. Nós temos todos os lados, evidentemente, "deixados ao sal", embora ainda não queimados. Use seu dia. (2.) Você não sabe como o seu dia está indo, nem quando ele acabará. O viajante na estrada, que tem uma jornada para ir, sabe como ordenar seus assuntos. "Há", diz ele, "muitas horas até à noite, e eu tenho tempo suficiente diante de mim", - então o homem trabalhador também: mas, infelizmente! não é assim com você; você não sabe quando seu dia pode acabar. Não falo em suas vidas, o que, o Senhor sabe, é incerto; mas o dia do evangelho pode acabar enquanto o dia de suas vidas continuar. Nem pode estar certo do dia da pregação da palavra; mas o seu dia e a sua temporada, podem chegar ao fim neste dia, ou nesta noite, por algo que você ou eu conhecemos: para que sua preocupação seja incrivelmente grande na proposta que é feita para você. Lembre-se das virgens para quem as portas foram fechadas, e seu grito à meia-noite! Você vai dizer, então: "O que devemos fazer para saber quando é a nossa temporada, para que possamos aplicar nossos corações a esta exortação?" Eu respondo: Somente o Senhor, quem é o pesquisador de todos os corações, sabe como é com você. Só posso dizer o que é uma temporada de evangelho; o que você deve cuidar para que você possa ter uma participação e interesse nele: - [1.] É necessário que o evangelho seja pregado no poder e na pureza dele. Isto geralmente faz "o dia aceitável, o tempo da salvação", e, se não houver mais nada concordante, isso é suficiente para que um povo ou pessoa saiba que o dia do Senhor veio sobre eles, - que as águas do santuário vieram a eles. Agora, considere consigo mesmo, se o evangelho é pregado a você ou não, ou se você não pode ou não o tem pregado para você, ou desfrutado da dispensação dele, você não cumpriu seu dever. Se assim for, esta é uma prova de que ainda é o seu dia. [2.] É uma época especial quando as chamadas providenciais se juntam e adquirem chamadas evangélicas; - quando Deus faz com que o evangelho seja dispensado a um povo e, ao mesmo tempo, expõe alguns atos de sua providência, que são adequados para despertar os homens para a consideração de seu estado e condição, então é a época desse povo. Não irei examinar os vários apelos providenciais que vieram sobre nós para inquirir os caminhos de Deus. Todas as alterações que ocorreram entre nós, descobrindo a grande incerteza de todas as coisas que estão aqui embaixo? Não houve indícios da grande injustiça do ano? - Não há chamamento no perigo da perda do evangelho, o que parece estar pronto para seu voo de você? - a grande incerteza sobre quanto tempo você pode desfrutar dessas águas do santuário? É certo, que se você não negligenciou ainda sua temporada, seu dia de graça, você está agora no tempo em que você deve ser alcançado. [3.] Então é a época, quando Deus se move, como faz em algumas ocasiões, mais efetivamente em seus corações e espíritos na dispensação da palavra do que em outros tempos. Somente você pode dar conta de si mesmo; - somente você sabe como está com você. Você pode dizer se não foi movido pela palavra mais do que antigamente, ou convencido por isso; se você não teve propósitos de alteração e reforma realizada em você por ela; se você não tem sido obrigado a amá-la mais do que fez anteriormente; se não gerou às vezes resoluções em você para considerar a  vida e a imortalidade. Se não tiver, há muito a temer que o Senhor não esteja deixando você para o sal, - para uma propriedade de uma ruína perecedora e eterna. Mas se você teve tais efeitos forjados em você, saiba de certo que o reino de Deus veio a você; e se você resistir à sua oportunidade, você será desfeito para sempre, a menos que faça um trabalho minucioso antes que esta dispensação seja superada. [4.] Quando você vê os outros ao seu redor considerarem seriamente a palavra, este é o chamado de Deus e a ordenança para você olhar para sua própria condição. Se agora, por qualquer desses meios, você conhece o dia do Senhor e a ocasião de sua cura está sobre você, oh, que você seja prevalecente para ser sábio por sua própria alma e para fechar com a palavra do evangelho antes que as coisas da sua paz sejam escondidas de seus olhos! Eu pensei, no próximo lugar, em lhe dar os sinais de um dia de evangelho que parte, e as evidências de que os homens haviam sobrevivido à sua temporada e foram entregues ao sal e à esterilidade.
Aplicação 2. Para descobrir a miserável condição das criaturas pobres que, sem terem sido curadas pelas águas do santuário, foram abandonadas pelo Senhor para o sal e esterilidade. Nenhum coração pode conceber, nem língua, expressar, a miséria de tão pobres criaturas. Deixe-me mencionar apenas alguns detalhes: - (1.) Eles não sabem que são tão miseráveis. Eles não percebem, não entendem, o julgamento doloroso em que se encontram. Suas cabeças doem, ou estão cansadas, sentem-no e procuram remédios; mas, neste caso, a maldição de Deus está sobre eles, e eles nem percebem, e não buscam alívio. Oseias 7: 9, " Estrangeiros lhe comem a força, e ele não o sabe; também as cãs já se espalham sobre ele, e ele não o sabe." Eles estão perto de ruína, destruição e não percebem: não tomam conhecimento da miséria que está pronta para devorá-los; ou se, a qualquer momento, começam a fazê-lo, eles desligam o pensamento disso, o que é uma grande parte da sua miséria. (2.) Eles estão satisfeitos com a condição em que estão; "eles dizem paz e segurança, quando a destruição súbita está à mão", 1 Tessalonicenses 5: 3. Eles se agradam em sua condição, quando a vingança do Senhor está pronta para apoderar-se deles. O evangelho foi removido deles, e as correntes de águas do santuário se afastaram? - Estão tão longe de se preocuparem com isso, se regozijam nisso, como foi declarado; eles pensam que agora podem seguir suas concupiscências livremente, e eles desprezam os outros e se abençoam, como se tudo estivesse bem com eles. Ou a palavra continuou, mas eles não se deixaram tocar por ela? - Eles estão satisfeitos com a sua propriedade, admiram aqueles que estão preocupados com a palavra e os desprezam demais. Tudo está bem consigo mesmo; e alguns deles estão prontos para ridicularizar todos os outros que estão sob o trabalho do Senhor. Por esta razão, é que eles não procurarão ajuda ou cura. (3.) Nenhum homem pode ajudá-los ou aliviá-los. Os homens podem ter pena del, mas não podem ajudá-los. Nem todo o mundo não pode puxar uma pobre criatura para fora da maldição do grande Deus. (4.) Sua eterna ruína é certa, como antes provado. (5) Esta ruína é muito dolorosa em desprezadores do evangelho.