sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Justificação

A justiça como atributo de Deus exige perfeita conformidade à Sua santidade por parte de todos os seres morais, e na falta disto a justiça exige a execução da sentença de condenação e destruição de tudo o que não for perfeitamente santo. Esta é a razão de haver morte física, espiritual e eterna para todos os que são pecadores. Isto responde adequadamente à não participação das nossas obras na justificação, porque nenhuma obra de justiça praticada por nós é suficiente para livrar-nos da condenação devida ao pecado. Dependemos completamente da vida e da obra de Jesus Cristo para sermos salvos desta condição. E o primeiro passo para isto é a justificação, ou seja, a imputação do nosso pecado a Cristo, e a imputação da Sua justiça perfeita a nós. É somente por isto que a culpa do pecado pode ser expiada, de modo que sendo declarados santos e justos à vista de Deus, por meio da fé, podemos ser recebidos, aceitos e adotados por ele como filhos amados. É dito também que Jesus ressuscitou para a nossa justificação (Rom 4.25), disto decorre então que não necessitamos apenas da sua morte para sermos justificados, mas também da sua ressurreição, pois, pela justificação, não bastaria que fôssemos livrados da morte,  mas também que fôssemos feitos participantes da Sua vida, e isto se nos tornou possível porque ele ressuscitou. No batismo temos a ilustração desta verdade, pois ao sermos imergidos, isto significa a morte, a crucificação do nosso velho homem, e ao emergimos somos levantados, ressuscitados, novas criaturas, para vivermos na novidade de vida de Cristo. E tudo isto somente por meio da fé. Sem participação de qualquer obra de nossa parte, as quais se seguirão à nossa justificação, para que além da justiça que nos foi imputada, declarada por Deus, na justificação, também tenhamos a justiça implantada, pela transformação progressiva do nosso caráter e conduta pelo Espírito Santo, na santificação.

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