sábado, 17 de outubro de 2015

II Tessalonicenses 1 a 3

II Tessalonicenses 1

Aperfeiçoados pelas Provações – 2 Tessalonicenses 1

A segunda epístola de Paulo aos Tessalonicenses foi escrita no período final da sua 2a viagem missionária, em torno de 51/52 d. C., quando se encontrava em Corinto.
Ele havia fugido para Corinto por causa de perseguição que havia sofrido dos judeus em Tessalônica e Bereia, cidades da Macedônia, que ficam ao Norte da Grécia; tendo deixado Timóteo e Silas (Silvano) cuidando do trabalho em Tessalônica, e lhes pediu que fossem ter com ele posteriormente em Corinto.
A vinda de ambos para estar com Paulo trazendo notícias da Igreja de Tessalônica (I Tes 3.6)   deu ocasião à escrita da primeira epístola aos Tessalonicenses.
As dúvidas que ainda permaneciam quanto à segunda vinda do Senhor, e da notícia de que alguns estavam procedendo desordenadamente na Igreja, não querendo trabalhar; foi um dos principais motivos que levaram Paulo a lhes escrever esta segunda epístola.
Paulo citou tanto o nome de Timóteo, quanto o de Silvano na saudação inicial (v. 1), como havia feito também na primeira epístola aos Tessalonicenses, porque ambos tinham estado com ele na fundação daquela Igreja e davam assistência ao trabalho como cooperadores do apóstolo.
Como de costume em todas as suas epístolas ele saudou os tessalonicenses com a graça e paz de Deus Pai e de Jesus Cristo (v. 2); tendo também manifestado a sua gratidão a Deus pela vida dos tessalonicenses; dizendo que era um dever dar graças por eles porque isto era justo, uma vez que a fé deles crescia muito assim como o amor mútuo transbordava de uns para com os outros (v. 3).
A Igreja de Tessalônica estava sofrendo perseguição especialmente dos próprios concidadãos (I Tes 2.14), e havia demonstrado constância e fé nas perseguições e aflições que estavam suportando por amor ao evangelho, de maneira que o próprio apóstolo Paulo se gloriava deles junto às demais Igrejas (v. 4).
Como eles estavam sofrendo por causa do evangelho, então estavam dando uma prova clara de que há um justo juízo de Deus, que começa a julgar pela Sua própria casa, isto é, os Seus próprios filhos, permitindo que sejam afligidos neste mundo, para que não sejam condenados no porvir juntamente com os ímpios (I Cor 11.31,32).
Paulo podia falar de um justo juízo de Deus, que seria manifestado aos tessalonicenses, porque havia dito anteriormente no verso 4 que eles estavam sendo constantes na fé em todas as perseguições e aflições que estavam suportando; isto é, eles estavam firmes na fé no Senhor Jesus, em seus sofrimentos, debaixo das perseguições injustas que estavam padecendo.
Entretanto, estas aflições não são para serem consideradas como se algo estranho estivesse acontecendo, conforme disse o apóstolo Pedro em relação ao fogo das tribulações que sofremos neste mundo por causa do nosso bom testemunho de Cristo, como se vê em (I Pe 4.12-14).
 É preciso ser coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, em favor do evangelho, para que sejamos achados dignos do reino de Deus (v. 5).
Os cristãos devem estar atentos ao  princípio espiritual relativo ao juízo de Deus, porque não podem considerar o modo pelo qual Deus trata com eles, assim como Ele age em relação aos que são do mundo.
Deus não corrige e disciplina os ímpios, senão somente os que lhe amam e lhe estão sujeitos; então os cristãos devem se examinar constantemente, para que não sejam visitados pelas correções de Deus.
Veja por exemplo o caso da Igreja de Corinto onde muitos estavam fracos, doentes e morrendo por causa de estarem padecendo debaixo da potente mão do Senhor, em razão do modo desordenado como andavam na Sua presença (I Cor 11.30).
Daí aprendemos que é importante nos humilharmos debaixo da potente mão do Senhor, quando ela está nos corrigindo, emendando o nosso modo de caminhar desordenado, de maneira que o Senhor nos exalte em tempo oportuno, isto é, que nos dê alivio de Suas correções, que visam ao nosso aperfeiçoamento espiritual.
Evidentemente, nem toda enfermidade e aflição é fruto de correções de Deus, e muitas delas têm a finalidade de nos manter dependentes dEle e da Sua graça.
Todavia, há muita diferença entre sofrer por motivo de correção por andarmos desordenadamente, e em sofrer por causa de um bom testemunho por causa do evangelho.
Mas, em se tratando de cristãos, tanto num caso, quanto noutro, o nome do Senhor será glorificado, e a Sua santidade vindicada através dos justos juízos que Ele aplica ao nosso viver.
Quando a fé é provada nas tribulações e é aprovada, ela aumenta, tal como estava ocorrendo com os tessalonicenses.
Quando nos humilhamos nas correções de Deus e suportamos as aflições com paciência; e quando fazemos o mesmo quando somos perseguidos por causa do nosso bom testemunho, tanto num, quanto noutro caso, a fé ganhará porque será purificada e aumentará, de modo que tudo coopera juntamente para o bem dos que amam a Deus, porque a Sua poderosa mão está trabalhando para o nosso aperfeiçoamento.
Por isso o Senhor se agrada que os cristãos suportem com paciência as injustiças que eles sofrem neste mundo.
Não que Deus aprove ou se agrade da injustiça, mas que Seus filhos respondam com paciência, humildade e submissão à Sua vontade, às aflições que eles sofrem injustamente, por causa do evangelho como se vê em (I Pe 2.19-21).
  As correções de Deus e os sofrimentos que os cristãos sofrem neste mundo lhes prepara para uma glória futura que lhes está prometida e já garantida pelo fato de pertencerem a Cristo.
A vida que eles terão no porvir é completamente sem defeito e mancha, porque serão perfeitamente santos e irrepreensíveis, e é por isso que são submetidos à purificação que Deus opera neles através do processo de santificação do Espírito.
Quanto de humildade, de amor, compaixão, misericórdia e tantas outras coisas se aprende das coisas que sofremos?
Deus não é injusto, portanto, ao permitir que os Seus filhos padeçam neste mundo, porque as aflições deles sempre deixarão este resíduo de serem melhorados como pessoas e lhes habilitará a buscarem mais ao Senhor e a confiarem somente nELe.
Quanto não se aprende sobre orar e clamar nos vales de aflição?
Quanto quebrantamento de coração é produzido pelas tribulações?
Quanta fortaleza da graça se recebe com os espinhos em nossa carne que nos protegem de sermos dominados pelo orgulho?
Assim, os filhos de Deus nunca estarão fora do controle do Seu justo juízo em relação a eles, porque nada lhes sucederá que não esteja debaixo da justa avaliação do Senhor das coisas que eles podem suportar ou não; e juntamente com as aflições Ele também lhes proverá o escape (I Cor 10.13).
Embora sofram, Deus os livrará de toda forma de sofrimento no futuro e lhes recompensará abundantemente por todas as dificuldades que eles experimentam agora, com paciência e perseverança na fé.
Os sofrimentos dos cristãos são portanto também uma forma de chamada de Deus para os ímpios refletirem quanto às coisas que lhes aguardam no dia do Seu  Grande Juízo, quando Ele dará a devida paga aos transgressores da Sua vontade, e que se recusaram a se converterem dos seus  maus caminhos através da fé no evangelho  (v. 6 a 10).
Por isso Paulo disse mais uma vez aos tessalonicenses que sempre orava por eles, para que Deus lhes fizesse dignos da sua vocação (chamada) cumprindo neles todo desejo da sua bondade em relação aos Seus filhos, e toda obra de fé, de maneira que o nome de Jesus fosse glorificado neles, e os tessalonicenses em Cristo, pelo poder operante da graça do Senhor em suas vidas (v. 11, 12).
Ele iria explicar alguns fatos relacionados à segunda vinda do Senhor, logo a seguir, como veremos no comentário relativo ao segundo capítulo, mas desejava antes, fixar em suas mentes e corações, que esta segunda vinda deve ser objeto da vigilância e oração da Igreja, porque tem muito a ver com o trabalho que Deus está realizando nos cristãos no presente, para apresentá-los santos e irrepreensíveis a Cristo naquele dia; de maneira que tudo o que sofremos agora por amor a Cristo e ao evangelho, tem a ver com esta nossa  chamada por Deus, para sermos completamente santos perante Ele; uma vez que é por meio das provações que somos aperfeiçoados na perseverança e na nossa maturidade espiritual.


“1 Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo:
2 Graças a vós, e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.
3 Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós transborda de uns para com os outros.
4 De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas Igrejas de Deus por causa da vossa constância e fé em todas as perseguições e aflições que suportais;
5 o que é prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis;
6 se de fato é justo diante de Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam,
7 e a vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo,
8 e tomar vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;
9 os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da face do senhor e da glória do seu poder,
10 quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).
11 Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé.
12 para que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”. (2 Tessalonicenses 1.1-12)





II Tessalonicenses 2

O Que é o Mistério da Iniquidade – 2 Tessalonicenses 2

Muitos da Igreja de Tessalônica estavam duvidosos quanto ao tempo da volta de Jesus, apesar de Paulo lhes ter esclarecido devidamente quanto a isto quando esteve entre eles, conforme afirma no 5º versículo deste segundo capítulo de 2 Tessalonicenses, que estaremos comentando.
Ele havia falado neste assunto na primeira epístola que lhes havia enviado, com o intuito de consolá-los, quanto àqueles que estavam morrendo antes da volta do Senhor, esclarecendo que estes seriam ressuscitados primeiro quando do arrebatamento da Igreja (I Tes 4.16,17).
Mas eles devem ter pensado que Paulo estava também lhes dizendo que Jesus já estava às portas, e que voltaria ainda naquela geração; o ponto de muitos terem até mesmo deixado de trabalhar, julgando que todo trabalho seria vão já que Jesus logo, logo, estaria voltando.
Paulo corrigiu então ambos os erros, dizendo que deveriam ficar firmes no que lhes havia ensinado, quando esteve com eles, e que não deveriam abandonar tal posição, nem mesmo por uma palavra, ou epístola da sua própria autoria (v. 2), e nem mesmo por um espírito de pressentimento em relação ao assunto da volta do Senhor, porque há marcos estabelecidos para esta volta, e dois destes marcos são a grande apostasia e a manifestação do Anticristo (v. 3), que devem anteceder a segunda vinda de Jesus.
Quanto aos dois marcos que sinalizam o retorno do Senhor, nós lançaremos mão neste nosso comentário de algumas citações do Pr David Wilkerson relativas a este assunto:
“O apóstolo Paulo fala de  duas coisas assustadoras que  atingirão a Igreja um pouco antes da volta de Jesus. Em verdade, o Senhor não voltará até que estas duas coisas terríveis aconteçam. E eu desejo lhes mostrar, que  ambas  as coisas estão acontecendo agora mesmo - bem diante dos nossos olhos!
Primeiro, Paulo nos diz que nos  últimos dias haverá uma grande  apostasia. E segundo, ele previne que um  maligno espírito anticristo  alcançará  muitos cristãos que estão mudando de lado (apostasia)! (II Tes 2.1-12).
Tão certo como é o fato de ter Cristo nos dado o Seu Espírito, há um espírito anticristo possuindo  muitos cristãos apóstatas. E este  espírito está em ação no mundo - preparando corações para a vinda do Homem da Iniquidade!
"...este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (I Jo 4:3).
João está dizendo aqui: "Vocês ouviram a respeito da vinda do Anticristo. Isto tem sido pregado e ensinado, e vocês esperam a sua chegada.  Mas,  amados, acordem - porque  o espírito  do Anticristo já está em ação!".
É preciso entender: o  Anticristo  não vai aparecer de súbito em cena, e  dominar a humanidade.
Mas em vez  disto, o seu espírito está trabalhando de maneira misteriosa neste momento,  estabelecendo  o  seu  reino  em  corações frios e que aceitam soluções conciliatórias.
E quando o Homem da Iniquidade finalmente aparecer, ele será publicamente revelado para um mundo  que  já estará preparado para ele - para corações que já são possuídos pelo seu espírito!”.
É a isto que Paulo se referiu quando disse que “o mistério da iniquidade já opera”, pois isto vem acontecendo desde os seus dias, preparando os corações para a recepção do Anticristo (v. 5).
Jesus alertou sobre os falsos profetas que se levantariam no tempo do fim,  e também os apóstolos. Paulo disse  que nos últimos dias falsos profetas iriam se infiltrar na Igreja,  pregando  um outro evangelho e um  outro  Jesus  no verso 7.
João escreveu: Não ameis o mundo nem as  cousas  que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo... Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o  anticristo,  também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora" (I Jo 2:15-18).
O espírito anticristo se opõe a  todos que andam junto a Deus. Ele procura os verdadeiros adoradores - porque deseja que a adoração destes seja  para  ele próprio!
Ele irá lhe atacar com o medo,  com  a dúvida, com a lascívia - com qualquer coisa que forneça a  ele uma  via  de acesso para lhe impedir o louvor.
Os cristãos desinteressados, ociosos - aqueles que nunca abandonaram os  seus pecados, que estão absorvendo as  coisas do mundo - não serão capazes de se sustentar nestes últimos  dias.  Eles serão colhidos pelo mal!
É por este motivo que Paulo disse que não queria que os tessalonicenses fossem enganados quanto ao tempo da volta do Senhor (v. 3), mas também lhes alertou para que não se deixassem enganar pelo espírito do engano que está operando no mundo e que terá o seu clímax com a manifestação do Anticristo (v. 9).
Engano este que atinge completamente aqueles que perecem, porque não amaram a verdade para serem salvos ( v. 10), antes amaram a mentira.
Estas coisas são permitidas por Deus, isto é, que haja esta operação do erro, de maneira que sejam julgados todos aqueles que não creram na verdade, porque tiveram prazer na injustiça (v. 11, 12).  Porque quando não se ama a verdade e não se vive na verdade, a consequência é a de ser enganado aceitando como verdade o que é falso, e é nisto que consiste o engano.
Os verdadeiros cristãos não serão contados nesta condenação porque eles foram escolhidos por Deus desde antes da fundação do mundo para a santificação dos seus espíritos e para terem fé na verdade, e não para viverem na impureza dando crédito à mentira e tendo prazer na injustiça (v. 13).
Ainda que sejam enganados por um período, não poderão permanecer nos enganos, porque o Espírito Santo não permite que os eleitos sejam enganados. Daí quanto a tal possibilidade, nosso Senhor afirmou que se possível fora, como a dizer, não é  possível que os eleitos o sejam.
Por isso Paulo exortou os tessalonicenses a serem constantes na sua firmeza e conservarem tudo o que lhes havia ensinado, quer pessoalmente, quando estivera com eles, quer através de suas epístolas (v. 15).
O Pr David Wilkerson disse o seguinte:
“O espírito de permissividade  torna-se mais e mais ousado, e a nossa sociedade está à beira de se tornar um inferno de violência. O espírito anticristo penetra agora em nossas escolas,  nossos becos, nossas ruas, em nossos negócios,  mesmo em  nossos  lares.  E, tristemente, este mal está rapidamente se mudando para dentro da Igreja.
É exatamente sobre isto que  a  Bíblia previne - Igrejas com forma de  piedade, mas sem poder.
O espírito anticristo  passa  a  morar dentro do coração, quando a verdade de Deus deixa de  ser  amada ou  de  ser apropriada. "...não acolheram  o  amor da verdade..." (2 Tes 2:10).
1. O primeiro sinal de perda  do  amor pela verdade é quando você deixa de se congregar com os outros cristãos. Se ir à Igreja se torna algo que você faz forçado, então você perdeu o seu  amor pela verdade de Deus (Hb 10:25).
Aonde estarão os filhos  de  Deus, se eles não estão na casa do Senhor? Estão nos restaurantes, nas  festas, em eventos sociais, esportivos.  Mais do que tudo, estão paralisados diante de suas TVs, assistindo programas com uma perniciosidade cada vez maior!
2. Um segundo sinal de perda  do  amor pela verdade é quando as mensagens  de reprovação fazem você pensar no pecado de outra pessoa e não no seu.
3. Um terceiro sinal de perda de amor pela verdade é quando a reprovação lhe torna raivoso em vez de tornar-lhe humilde.
Deus declara que a raiva devida à reprimenda, revela abandono da vereda da santidade: "Disciplina rigorosa há para o que deixa a vereda, e o que odeia a repreensão morrerá" (Prov 15:10).
Talvez algumas vezes você se afaste de um sermão do tipo reprovador, dizendo:
"Esta palavra foi dura demais. E aquele pregador também é muito zangado! ".
Amado, todo pastor piedoso irá pregar com ira santa. E isto porque ele  está irado com o diabo, com o espírito anticristo - irado contra qualquer coisa que desvie a sua  alma da  verdadeira adoração do Pai!
Em 2 Tes 2:12 Paulo  está  falando da "loucura do prazer."
Nos últimos tempos, aquelas pessoas que vivem em busca de  prazeres, às quais ele se  referiu, são  encontradas dentro da própria Igreja!
Paulo avisa: "Sabe, porém,  isto:  nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas,  avarentos, jactanciosos, arrogantes,  blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos  do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus"  (2  Tim. 3:1-4).
Quando Paulo  usa  a  frase:  "...mais amigos  dos prazeres  que  amigos  de Deus..." ele está sugerindo que estas pessoas possuem certa medida  de  amor por Deus. Mas este amor é  sobrepujado e contaminado por um amor pelos prazeres do mundo. Paulo está falando  daqueles que vão no encalço dos prazeres de iniquidade!
Amado, se você conserva o seu  coração aberto à verdade - se você continua  a amar a Palavra de Deus -  o Senhor  o estabelecerá. E quando o maligno espírito deste mundo chegar como  em  torrentes,  Satanás  estará incapacitado para construir uma via de entrada para dentro de seu coração (Salmo 125:1-3).
Você não será abalado,  porque  estará firmemente estabelecido sobre a verdade da Palavra de Deus. Você será encontrado na casa de Deus, adorando com um coração puro. E a sua  fé  vencerá tudo aquilo que o inimigo trouxer contra você - porque Jesus está assentado sobre o trono do seu coração.


“1 Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos,
2 que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto.
3 Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição,
4 aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.
5 Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco?
6 E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado.
7 Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que do meio seja tirado;
8 e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda;
9 a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira,
10 e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos.
11 E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira;
12 para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça.
13 Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, amados do Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a santificação do espírito e a fé na verdade,
14 e para isso vos chamou pelo nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
15 Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.
16 E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e Deus nosso Pai que nos amou e pela graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,
17 console os vossos corações e vos confirme em toda boa obra e palavra.”. (2 Tessalonicenses 2.1-17)





II Tessalonicenses 3

O Modo de se Prevenir do Mistério da Iniquidade – 2 Tessalonicenses 3

Para o propósito de se prevenir do grande mal do mistério da iniquidade, que pelos séculos vem assolando a Igreja e que tem se intensificado nos nossos dias, o apóstolo nos mostra o antídoto no terceiro capítulo de 2 Tessalonicenses.
Primeiro de tudo orando para que a Palavra do Senhor, isto é a palavra da verdade do evangelho, seja propagada e glorificada, tal como Paulo havia pedido aos tessalonicenses para que orassem por ele para tal propósito (v. 1).
O erro e a mentira são vencidos com a verdade.
Também orando para que sejamos livres da ação dos homens que são perversos e maus, sabendo que a fé não é de todos, isto é, há pessoas que sempre estarão neste mundo a serviço do mistério da iniquidade, e devemos não somente nos acautelar deles, como também pedir a Deus que nos livre da ação deles, que possa neutralizar o nosso testemunho, ou nos conduzir ao engano (v. 2).
Nós devemos orar para que as oposições à pregação do evangelho sejam removidas, e ele tenha livre curso aos ouvidos e às consciências e aos corações das pessoas.
Deus é poderoso para nos confirmar na fé e nos guardar do maligno, assim como estava confirmando e guardando os tessalonicenses (v. 3).
 É sabendo isto e confiando nisto que devemos nos entregar à prática da oração incessante em favor dos santos.
Além da oração, nos preveniremos do mal que se multiplica ao nosso redor no mundo à medida que o tempo avança, obedecendo as ordenanças que encontramos na Palavra de Deus, especialmente aquelas que nos foram passadas pelos apóstolos de Cristo (v. 4).
É preciso também permitir que o Senhor encaminhe os nossos corações no amor de Deus na constância de Cristo (v. 5). Isto é, que nos faça crescer no amor a Ele e a nossos irmãos, de um  modo constante e perseverante.
Não devemos imitar o mau exemplo daqueles que andam desordenadamente na Igreja, como era o caso dos tessalonicenses que haviam deixado de trabalhar, contra o mandamento que o apóstolo lhes havia dado,  quando estivera com eles, de que todo aquele que não quisesse trabalhar também não deveria comer (v. 6 a 12).
Estes que não trabalhavam não somente viviam na ociosidade como também se intrometiam na vida alheia, porque como é comum ocorrer com quem é inativo, geralmente também se entregará a uma vida de mexericos, inconveniente aos servos do Senhor, que condena tal prática expressamente nos Seus mandamentos (Lv 19.16).
Paulo havia dado o seu exemplo pessoal à Igreja quanto a esta questão de trabalharmos para obter o nosso sustento pessoal (v. 7,8).
Ele tinha o direito divino que lhe era dado por pregar o evangelho, de viver do evangelho, mas disse que havia trabalhado para se sustentar, para dar um exemplo para ser imitado pela Igreja (v. 9).
Assim, os que não estavam trabalhando em Tessalônica foram exortados por Paulo  a trabalharem pelo seu próprio pão (v. 12). E nenhum dos tessalonicenses se deveria cansar em fazer o bem (v. 13).

Caso alguém não obedecesse a esta ordem e exortação do apóstolo, os demais cristãos não deveriam se relacionar com ele, para que se envergonhasse do seu mau procedimento (v. 14); mas isto não deveria ser feito como se estivessem agindo com um inimigo, porque deveriam admoestá-lo como a um irmão (v. 15).
Assim, estes que andam desordenadamente devem ser admoestados quanto ao seu modo errado de viver, e ao mesmo tempo, caso não se emendem, devemos evitar estar com eles para não sermos influenciados pelos seus maus costumes, e também para que eles tenham a oportunidade de se arrependerem, por se envergonharem do seu mau procedimento, ao perceberem que as pessoas sábias e santas não aprovam o seu modo desordenado de vida.
Cristãos fiéis são uma alegria para o espírito dos seus ministros.
O trabalhador é digno do seu salário, mas do que será digno então o ocioso? Deus quer que cada pessoa preste atenção a qual seja a sua vocação e viva de maneira útil à sociedade. Ninguém preza um zangão inútil, e muito menos Deus pode prezá-lo.
A Igreja tessalonicense estava sofrendo perseguições, como nós vimos no primeiro capítulo, e por isso Paulo lhes abençoou dizendo que o Senhor da paz lhes desse sempre a paz em todas as circunstâncias, e que o próprio Senhor da paz fosse com eles, porque esta é a única maneira de desfrutar a Sua paz, a saber, tendo comunhão com Ele (v. 16).
Como a paz é fruto da graça, ele também disse que a graça de Jesus fosse com todos eles (v. 18).
A saudação final da epístola foi escrita pelo próprio Paulo como um sinal da sua autoria, para evitar falsificações em seu nome (v. 17).


“1 Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada. como também o é entre vós,
2 e para que sejamos livres de homens perversos e maus; porque a fé não é de todos.
3 Mas fiel é o Senhor, o qual vos confirmará e guardará do maligno.
4 E, quanto a vós, confiamos no Senhor que não só fazeis, mas fareis o que vos mandamos.
5 Ora, o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus e na constância de Cristo.
6 mandamo-vos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebestes.
7 Porque vós mesmos sabeis como deveis imitar-nos, pois que não nos portamos desordenadamente entre vós,
8 nem comemos de graça o pão de ninguém, antes com labor e fadiga trabalhávamos noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós.
9 Não porque não tivéssemos direito, mas para vos dar nós mesmos exemplo, para nos imitardes.
10 Porque, quando ainda estávamos convosco, isto vos mandamos: se alguém não quer trabalhar, também não coma.
11 Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes intrometendo-se na vida alheia;
12 a esses tais, porém, ordenamos e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo que, trabalhando sossegadamente, comam o seu próprio pão.
13 Vós, porém, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.
14 Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai-o e não se relacionem com ele, para que se envergonhe;
15 todavia não o considereis como inimigo, mas admoestai-o como irmão.
16 Ora, o próprio Senhor da paz vos dê paz sempre e de toda maneira. O Senhor seja com todos vós.
17 Esta saudação é de próprio punho, de Paulo, o que é o sinal em cada epístola; assim escrevo.
18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós..”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário