sábado, 17 de outubro de 2015

Tito 1 a 3

Tito 1

O Modo Correto de Se Proceder na Igreja - Tito 1

É com grande confiança e ousadia que pregamos o cancelamento e perdão dos pecados pela fé em Jesus Cristo, porque temos a confirmação desta confiança e ousadia quanto à nossa salvação, em nós mesmos, tal como Paulo a havia experimentado em seus dias.
Deus não ordenou que tentássemos salvar a nós mesmos, porque isto seria impossível, por isso, Ele mesmo se tornou o nosso Salvador.
Não somos nós absolutamente que nos salvamos, mas Jesus Cristo é quem nos salva, assim como quem está morrendo afogado e não sabe nadar, não pode salvar a si mesmo, e necessita de um salva-vidas para que possa ser livrado da morte. É do mesmo modo que somos salvos por Jesus. Nós não O ajudamos a nos salvar. Simplesmente nos entregamos com fé nos Seus braços e permitimos que Ele faça em nós o Seu trabalho de purificação dos nossos pecados e livramento da morte.
Paulo disse a Tito que ele colocasse em boa ordem as coisas que ainda necessitavam ser consertadas e acrescentadas na Igreja de Creta, e para que constituísse em cada uma das suas cidades, presbíteros para cada uma das congregações locais, que costumavam funcionar nas residências de alguns cristãos, que eram designadas pelo Espírito para tal propósito (Tito 1.5).    
Paulo lembrou a Tito quais eram as qualificações exigidas por Deus para aqueles que são chamados por Ele para pastorearem o Seu rebanho.
Por estas qualificações nós podemos ver que Tito teria que ser muito criterioso na escolha e contar com a direção do Espírito, porque especialmente para o ministério, Deus não pensa em quantidade, mas em qualidade, em pessoas que se consagrarão verdadeiramente a Ele. Veja que Jesus não chamou 300 apóstolos, mas 12, e um deles era um diabo, para mostrar o contraste entre os que são verdadeiramente consagrados e santificados.
Nos avivamentos da Igreja Deus nunca chamou muitos  para a liderança, porque não pode usar indiscriminadamente a qualquer um, senão somente aqueles que se disporão a pagar o preço da total consagração de suas vidas a Ele.  
Assim, além da principal ocupação dos pastores que deveriam ser eleitos por Tito para as igrejas, que é citada por Paulo no verso 9: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.”, ele descreveu outras qualificações não menos importantes nos versos 6 a 8.
O apego firme e fiel à Palavra que é conforme a sã doutrina, não é uma referência a simples conhecimento intelectual da ortodoxia bíblica, mas de vivência experimental da Palavra em transformação da própria vida, porque é isto que traz o poder tanto para admoestar como para convencer os contradizentes com a sã doutrina, que eles verão aplicadas na vida do próprio pastor.
Deste modo, ele não destacou somente a necessidade do apego à sã doutrina, como também uma vida conformada à doutrina, porque Deus não requer somente pregação e ensino ortodoxo, mas sobretudo prática do que se prega e se ensina. Principalmente a vida do pastor deve estar ajustada à doutrina porque devem ser modelos para o rebanho quanto à prática da Palavra.
Pastores que não vivem o que pregam não são os homens que Deus deseja ver na direção da Sua Igreja, por isso o Espírito passou tais instruções a Tito através de Paulo, e nunca alterou este padrão divino para a Igreja.
Os pastores devem ser os primeiros a serem longânimos, mansos, humildes, perdoadores, pacificadores, puros de coração, amorosos, pacientes, santos, homens de oração, pobres de espírito e tudo o mais que se exige dos servos de Deus na Sua Palavra.
É a isto que Paulo se refere quanto à irrepreensibilidade dos pastores e é sobretudo isto que eles devem ensinar pelo seu próprio exemplo pessoal.
Não apenas irrepreensibilidade de caráter moral, mas sobretudo de santidade, quanto ao que é relativo ao modo de se caminhar com Deus, no conhecimento e prática da Sua vontade.
O ofício de pastor é um ofício de compromisso divino e não uma invenção humana. O ministério não é uma criação do Estado, e pastores não estão a serviço do Estado; porque a Igreja não é uma instituição deste mundo, mas uma agência do céu funcionando na terra.  
O trabalho de um pastor não exige apenas aplicação e diligência, mas sobretudo santidade de vida.
Paulo se refere ao ofício de pastor como sendo algo excelente, porque de fato não há maior e mais honrada atividade que seja útil aos homens do que esta, e não há trabalho mais importante aos olhos de Deus do que este.
De maneira que não é apenas o desejo do homem que conta, mas se ele tem efetivamente uma chamada de Deus para ser ministro do evangelho.
Por isso nada da vida do ministro deve ser motivo de escândalo, quer dentro ou fora da igreja.
E deve ser constantemente vigilante contra Satanás, que é o Inimigo sutil que sempre investirá contra ele e contra as almas daqueles que lhes foram confiados por Deus.
O cristão não deve temer o diabo, mas somente a Deus. Ao contrário, ele deve combater o Inimigo com as armas espirituais da fé. Ele não deve dar lugar ao diabo, isto é, deixar brechas em sua vida para que ele ganhe vantagem sobre si, por praticar e viver de modo contrário à vontade de Deus.
E não há arma melhor para combater o Inimigo do que ser sóbrio, temperante, moderado em todas as ações.
A sobriedade e a vigilância sempre costumam ser citadas juntamente nas Escrituras, porque se ajudam mutuamente.
E muito também ajuda neste mesmo propósito ser inimigo de contendas. O pastor experimentado fugirá de controvérsias e discussões vãs. E todo o seu prazer deve ser o de viver na paz do Senhor e promover esta paz entre outros.
 Se alguém pensa em ganhar dinheiro ao aspirar ao pastorado está se desqualificando para o seu exercício porque o pastor ganancioso não poderá sustentar um bom testemunho na generosidade e na atitude despojada que é exigida de todos os ministros verdadeiramente fiéis a Deus.
Ainda que falsos pastores, que se transfiguram em ministros da justiça, tal qual Satanás, que se transfigura em anjo de luz, sejam pessoas não gananciosas ou cobiçosas, não será somente por isso que poderão ser considerados aprovados por Deus, porque, como vimos antes, muitas outras qualificações são exigidas dos verdadeiros ministros de Deus.
Como a Igreja é a família de Deus, não é admissível que esteja sobre o governo desta família divina, alguém que não governe bem a sua própria casa. Pastores devem ter suas famílias em ordem, como exemplo de como devem ser não apenas as famílias que eles dirigirem, como a própria Igreja, enquanto família de Deus.
O dever de um pastor não é somente o de pregar e ensinar o evangelho. Ele deve edificar os cristãos na verdade. Deve ensinar-lhes a guardar tudo o que Jesus ordenou à Igreja. Por isso, além de pregar e ensinar deve exortar, repreender, disciplinar, e ser um conselheiro e orientador do rebanho, tal como faz um pai responsável em relação à sua própria família.
A obra do evangelho tem muitos inimigos que são levantados por Satanás para tentar impedir o seu progresso, e se o testemunho dos cristãos não for de verdadeira santidade de vida, e especialmente se isto faltar nos ministros da Palavra, isto dará ocasião aos inimigos de blasfemarem; não porque eles sejam melhores do que os cristãos aos quais eles acusam, uma vez que eles são faladores desordenados, vãos, e enganadores, especialmente aqueles que se julgam muito religiosos e justos tal como os escribas e fariseus que pregavam a circuncisão como condição de salvação, nos dias dos apóstolos (v. 10).
No entanto, não se pode tapar a boca deste faladores que acusam os cristãos, caso estes últimos não vivam realmente em santidade de vida.
Caso os pastores não repreendam e exortem o rebanho severamente, para que viva de modo são na fé, como convém em Cristo, os falsos mestres que ensinam o que não convém, e que o fazem por torpe ganância, acabarão ganhando a estima e atenção dos cristãos, porque lhes oferecerão um outro evangelho, um evangelho de facilidades e de concessões ao pecado, com argumentos de falsa misericórdia e piedade, por lhes dizer que não importa como vivam, a bondade e graça de Deus lhes alcançará e favorecerá. E a carne, o velho homem, adoram ouvir uma coisa como esta, porque é a justificativa que necessita para abrandar a sua consciência, de maneira que não se sinta acusado quando vive na prática deliberada do pecado.
Mas o Espírito falou pela boca do apóstolo Paulo que estes falsos argumentos devem ser silenciados.
Porque a boca que convida a transformar a graça em luxúria, dizendo que não importa que os cristãos vivam a pecar, é a mesma que acusará os cristãos, para envergonhá-los, ofendendo-lhes de preguiçosos, de pessoas ruins e mentirosas, tal como os falsos pastores faziam em relação aos cristãos de Creta (v. 10 a 12).
Não há outra maneira de calar estas acusações que brotam no inferno, e que infelizmente são verdadeiras quando os cristãos andam debaixo do pecado, senão por uma verdadeira consagração e santificação de suas vidas (v. 13).
É por este motivo que a Bíblia ordena que os cristãos se exortem mutuamente à santificação, e que especialmente os ministros se encarreguem deste dever, exercendo a necessária disciplina na Igreja, conforme foi ordenado pelo Senhor Jesus.      
Se o cristão deve viver em santidade diante de Deus, ele não pode portando dar ouvidos aos mandamentos de homens que são desviados da verdade, tal como os judaizantes que ensinavam fábulas judaicas aos gentios dizendo-lhes que somente poderiam ser salvos se vivessem como os judeus, e praticando todos os mandamentos de homens que principalmente os escribas e fariseus haviam acrescentado à lei de Moisés (v. 14).  
Ninguém se iluda portanto por se considerar salvo e santo por ter simplesmente feito uma profissão de fé de que crê em Jesus Cristo, porque os que são de Cristo, são regenerados e santificados pelo Espírito, e buscam purificar seus corações na verdade.
Os que são de Cristo e que estão sendo verdadeiramente santificados haverão de se inclinar para as coisas do Espírito para a mortificação da carne e do pecado, em vez de se inclinarem para a carne. Eles se inclinarão para o que é puro e santo, e somente estes podem experimentar uma vida pura e santa em todas as coisas.
Mas os que não conhecem a Deus, ainda que confessem conhecê-lo, não podem viver em tal fidelidade em santidade, e por terem o seu entendimento e consciência contaminados pelo pecado, eles comprovarão por suas más obras que de fato não conhecem a Deus, antes, lhes são abomináveis e desobedientes, e estão reprovados e incapacitados portanto para a realização de qualquer boa obra que proceda verdadeiramente de Deus (v. 14 a 16).
Por isso os cristãos que têm a ordenação de ganharem outros para Cristo, devem antes, serem ganhos eles próprios para o Senhor, vivendo na santidade que deve existir neles, porque de outra sorte não terão o poder necessário para convencer a muitos que estão nas trevas a virem para a luz, simplesmente, porque vivendo em pecado, estão desqualificados e reprovados para  serem usados por Deus na obra de conversão dos pecadores.
Daí o cuidado que Tito deveria ter especialmente na ordenação de pastores, e em cumprir a exortação que deveria fazer aos cristãos que estavam andando de maneira desordenada na presença de Deus.
Não é um trabalho fácil edificar Igrejas e mantê-las na verdade. No caminho estreito da perfeição que conduz à maturidade espiritual em Cristo. Isto não poderá ser feito agradando à carne,  a homens, senão fazendo valer um bom testemunho e coragem que são devidos à sã doutrina.  
A Igreja é a casa de Deus, e portanto, pertence a Ele o direito de designar as qualificações e as pessoas que Ele deseja para liderarem o Seu rebanho. Isto não deve portanto ser feito segundo o homem, mas segundo a direção, chamada e instrução do Senhor.  


Tito 1.1 Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o pleno conhecimento da verdade que é segundo a piedade,
Tito 1.2 na esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos,
Tito 1.3 e no tempo próprio manifestou a sua palavra, mediante a pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador;
Tito 1.4 a Tito, meu verdadeiro filho segundo a fé que nos é comum, graça e paz da parte de Deus Pai, e de Cristo Jesus, nosso Salvador.
Tito 1.5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei;
Tito 1.6 alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes.
Tito 1.7 Pois é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de Deus, não soberbo, nem irascível, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
Tito 1.8 mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, temperante;
Tito 1.9 retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes.
Tito 1.10 Porque há muitos insubordinados, faladores vãos, e enganadores, especialmente os da circuncisão,
Tito 1.11 aos quais é preciso tapar a boca; porque transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.
Tito 1.12 Um dentre eles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, glutões preguiçosos.
Tito 1.13 Este testemunho é verdadeiro. Portanto repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé,
Tito 1.14 não dando ouvidos a fábulas judaicas, nem a mandamentos de homens que se desviam da verdade.
Tito 1.15 Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas.
Tito 1.16 Afirmam que conhecem a Deus, mas pelas suas obras o negam, sendo abomináveis, e desobedientes, e réprobos para toda boa obra.







Tito 2

O Modo Correto de Se Proceder na Igreja – Tito 2

Nós vemos por tudo que foi dito no capítulo anterior, e pelo que consta neste segundo capítulo da epístola de Paulo a Tito, que não é cabível portanto a ideia tão comum em nossos dias que cada igreja tem o direito de dar aos cristãos liberdade para escolherem o modo de vida que cada um deles pretenda viver. Não é isto que o Senhor ensinou, nem os apóstolos, conforme podemos ver na Bíblia, e no testemunho da história da Igreja.
Os cristãos estão aliançados com Cristo nos termos da disciplina do evangelho, que convoca todos eles a se santificarem, até mesmo porque sem santificação ninguém verá o Senhor.
E há um modo estabelecido na Palavra para esta santificação, que inclui não somente a mortificação dos nossos pecados, a negação do nosso ego, o carregar a cruz diariamente, como também o seguir a Jesus e o viver e fazer a obra do evangelho no poder do Espírito.
E isto na comunhão dos santos, combatendo como uma só alma pela fé evangélica.
Por isso Paulo disse a Tito, que especialmente em face de todas as irregularidades que estavam ocorrendo em Creta, ele deveria falar o que convém à sã doutrina, isto é, o que fosse realmente apropriado ao ensino de Jesus e dos apóstolos, e dentre estas coisas que convêm à sã doutrina se incluem as atitudes e ações fundamentais cristãs que Paulo destacou neste capítulo.
Dentre estas, ele começou referindo-se aos homens idosos, que têm perante Deus o dever de serem sóbrios, respeitáveis, prudentes, e sadios na fé, no amor e na constância.
Espera-se que eles sejam sobretudo um modelo para os jovens, quanto ao que eles devem imitar em seu crescimento rumo à maturidade. Não é próprio da maturidade a superficialidade, a infantilidade, a inconstância, a falta de sobriedade e seriedade. Homens maduros na fé não vivem em chocarrices, comportamento que sequer convém a crianças e jovens que são de Cristo, isto é, brincadeiras inconvenientes.  
É somente praticando estas ordenanças, e fazendo valer o que Deus tem ordenado na Palavra que se pode ter o nosso comportamento e vida aprovados pelo Senhor.
Não é por se alcançar bênçãos materiais que se pode comprovar que temos de fato Lhe agradado.
Jó estava debaixo de várias tentações, tribulações e sofrimentos, e não deixou de ser aprovado por Deus por causa das coisas que estava sofrendo. E tal como ele o próprio Cristo em Seu ministério terreno, e os apóstolos e cristãos da Igreja Primitiva que suportaram grandes provações por amor ao Senhor.
Homens ungidos podem colocar a perder todo um trabalho do evangelho por causa do seu comportamento carnal e inconveniente, por julgarem que a alegria do evangelho é carnal. Que a paz de Cristo é ausência de dificuldades e tribulações.  Que prosperidade é ter muito dinheiro no banco.
Não basta portanto ter unção, mas manter a moderação juntamente com a nossa alegria no Espírito, porque caso venhamos a descambar para a infantilidade, todo o trabalho espiritual que tivermos realizado será anulado, porque as pessoas não levarão a sério as coisas que lhes pregamos, ensinamos ou aconselhamos.  
É preciso portanto manter uma posição de fé, de seriedade, de sobriedade, de prudência, de amor e constância, em tudo o que formos e fizermos, se somos os homens maduros aos quais o Senhor confiou o cuidado pela Sua casa, que é a Igreja.
Nos versos 3 a 5 Paulo descreveu qual deve ser o comportamento das mulheres idosas em Cristo.
Antes de descrevermos o que ele disse em relação às mulheres idosas, nós queremos destacar o que ele disse em relação aos jovens, não lhes isentando de um viver responsável, mas ao mesmo tempo reconhecendo que não é próprio da juventude aquelas características que somente poderão ser encontradas na maturidade, mas o apóstolo deixou registrado que é dever dos jovens serem moderados em tudo, isto é, não lhes é facultado por Deus, viverem segundo as paixões que são próprias à mocidade, mas que devem aprender a ter um comportamento moderado em plena submissão e obediência aos mais velhos (v. 6).
Agora voltando aos deveres da mulheres idosas, cabe destacar que a referência a mulheres idosas não quer significar decrépitas, mas maduras. Estas, pela sua experiência na santidade, não sendo caluniadoras, não eram “mestras de escândalos”, mas “mestras do bem”.
Agora observe que as mulheres mais velhas devem ser o quê?  Mestras.  As mulheres mais velhas devem ser mestras. E a quem elas devem ensinar?  As mulheres jovens.
As mulheres idosas devem ensinar as mulheres mais jovens. O que devem ensinar: a serem sensatas. Em outras palavras,  conhecerem as prioridades,  serem sérias, saberem quais as coisas que realmente são importantes.
E o que mais? “a amarem a seus maridos”.
O mesmo versículo (4) diz que devem amar também a seus filhos. Isto é, devem gastar suas vidas amando seus maridos e também seus filhos. Com o mesmo amor desinteressado de Deus, que deve ser o amor a caracterizar cada um dos integrantes da família. Na verdade, esta é o núcleo de aprendizagem do verdadeiro amor, que não é interesseiro. Deus instituiu a família para ser um laboratório em que se aprende a amar como Ele ama.
Quando estas ordenanças são descumpridas Deus é desonrado, porque a sua Palavra é difamada (v 5). O alvo da obediência é que Deus seja glorificado pelo nosso testemunho em obediência à Sua vontade. Este é o grande objetivo. Assim se nós desejamos honrar a Palavra de Deus então devemos amar nossos maridos e nossos filhos.
No verso 5 se lê “boas donas de casa”. Literalmente,  "guardiãs em casa". A missão de criar os filhos não é dos empregados, mas dos pais, e particularmente da mãe, que por pressuposto passará maior tempo com eles enquanto o marido trabalha fora.
Ao que tudo indica, José viveu muito bem com Maria, apesar de terem vivido num lar pobre. Este foi o lar que Deus formaria e escolheu para trazer o Salvador ao mundo.
Este era o padrão de muitas gerações da humanidade. Não era o conforto material que ditava as regras da vida de um lar. Vivia-se em harmonia e em paz com muito menos recursos do que o lar mais pobre dos nossos dias possa ter. Não havia nenhum dos confortos do mundo moderno. E as pessoas estavam satisfeitas com o que tinham. Na verdade, não eram bombardeadas pela mídia, que não existia, dia e noite, com os produtos que deveriam comprar. E o papel da mídia é deixar você insatisfeito com o que tem para comprar o que eles querem vender como coisa essencial, quando muitas vezes não passam de coisas supérfluas. E o padrão de Deus ordena que devemos estar contentes com o que temos, e que devemos estar satisfeitos em toda e qualquer circunstância.
Agora se você acha que a vida é uma questão de ter. De conquistar posições. Então você vai ter certamente muitos problemas para viver dentro do padrão de gratidão e satisfação que Deus planejou para uma família.
Tudo será ansiedade e uma busca que não tem fim de posições melhores, enquanto o padrão bíblico é de não estar ansioso por nada e contentarmo-nos com as coisas que temos. São dois ditames inconciliáveis, a propaganda da mídia e a ordenança bíblica. A qual iremos obedecer?
A prioridade número um para a mulher, segundo a Bíblia, é o seu próprio lar e os seus. Assim o principal ministério de uma mulher casada é cuidar do seu marido e fazer com que seus filhos venham a ser homens e mulheres de Deus, por lhes ter ensinado a andar nos caminhos do Senhor.
Ninguém é obrigado a seguir os ditames de uma sociedade corrompida e que transgride diretamente os mandamentos de Deus. É completamente possível viver feliz e satisfeito com muito menos recursos, amoldando-se a uma vida modesta e simples, para que a vontade de Deus relativa à submissão da mulher ao seu próprio marido, e para que a mulher seja de fato a guardiã de seu lar, seja cumprida.
E o Senhor honrará esta obediência derramando bênçãos sobre a família, que de outra forma (na desobediência de sua vontade revelada) não poderiam ser experimentadas, até mesmo pelas contingências impostas pelo próprio modelo de vida assumido, e que traz consigo perdas inevitáveis para todos no lar, tanto para os pais quanto para os filhos.
Tendo falado dos deveres dos homens idosos, das mulheres idosas e dos jovens, Paulo se referiu aos deveres dos servos (v. 9,10), mas voltou a lembrar a Tito do seu próprio dever (v. 7, 8), para que fosse em tudo exemplo de boas obras, quer na apresentação da doutrina do evangelho, mostrando incorrupção, isto é, nenhuma adulteração da mensagem que nos foi dada por Cristo e pelos Seus apóstolos para ser pregada e ensinada; gravidade, isto é, seriedade, porque falamos de coisas que dizem respeito à vida e à morte, ao céu e ao inferno, e não se pode gracejar com tais coisas, porque se falamos do perigo de uma condenação eterna a que estão expostos todos os que rejeitarem a nossa mensagem, quem dará crédito a ela se não o fizermos de modo sério e grave?
Também pureza e reverência são exigidos na apresentação da doutrina, porque não se pode pregar o evangelho a não ser que tenhamos um coração puro e uma verdadeira reverência e temor ao Senhor (v. 7).
Além de tudo isto é exigido que usemos de uma linguagem sã e irrepreensível, deixando as brincadeiras e termos chulos de lado. Devemos falar da Bíblia com o mesmo tom de gravidade e pureza com que ela foi produzida por revelação do Espírito Santo, porque se nos dermos a devaneios e a fazer improvisações carnais na apresentação destas verdades espirituais, nós não somente estaremos estragando a mensagem que recebemos do céu para entregar a outros, como também daremos ocasião aos inimigos do evangelho de blasfemarem o nome do Senhor.
Mas se o fizermos com linguagem sã e irrepreensível os adversários do evangelho ficarão envergonhados de todo o mal que tiverem falado contra nós, porque perceberão que o Espírito Santo é conosco na entrega da Palavra de Deus (v. 8).    
Os que estão debaixo de servidão, seja ou não por contrato, devem se sujeitar aos seus superiores, e em tudo devem agradá-los, não como quem bajula aos homens, mas como quem tudo faz por amor a Cristo, e não como que servindo a homens, mas ao próprio Deus, que nos tem imposto tal dever de sermos submissos aos que estão constituídos em posição de liderança sobre nós.
Temos o dever de fazer o que eles nos ordenam sem contradizê-los, desde que nenhuma destas ordens sejam contrárias aos nossos deveres para com eles, e que não contrariem nenhum mandamento de Deus, porque nos é imposto dar a César o que é de César, além de darmos a Deus o que é de Deus.
Cabe destacar que até mesmo o nosso dever para com César (líderes seculares) é em última instância um dever para com o próprio Deus, que assim o tem ordenado, para que o mundo veja e testemunhe que o procedimento do cristão é de obediência e não de rebelião, e que não haveria nenhuma violência, ou forma de maldade no mundo, caso todas as pessoas fossem cristãos fiéis. Assim, ainda que perseguidos pelo mundo, que vive nas trevas, os cristãos dão testemunho do quanto são úteis a toda sociedade, inclusive àqueles que os perseguem.
Com isto a doutrina que eles pregam é ornada pelo comportamento deles. O evangelho não necessita de qualquer enfeite e nem deve ser apresentado com ornamentos, mas quando os cristãos são leais e não defraudam o direito que têm todos aqueles que estão em posição de autoridade sobre eles, as pessoas de boa vontade reconhecerão que realmente o evangelho é uma coisa muito boa, pela transformação que realiza naqueles que são verdadeiros discípulos de Cristo (v. 9, 10).
Afinal a graça de Deus, que opera nos cristãos, e chama pessoas do mundo à conversão, está disponível para salvar a qualquer um que creia em Cristo (v. 11), e estes que creem verdadeiramente e que se tornam praticantes da Palavra de Deus, em testemunho da sua real conversão ao Senhor, aprendem que a graça tem o propósito de lhes ensinar a renunciarem a toda forma de impiedade e de cobiças mundanas, para que vivam neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa, na expectativa da volta de nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo, que se manifestará na glória pela qual aguardamos ter também em plenitude com Ele na Sua vinda para arrebatar a Sua Igreja (v. 13).
Aos muitos que ainda resistem ao ensino de que os cristãos são chamados de fato por Deus a santificarem as suas vidas totalmente, tanto em seu espírito, alma e corpo (I Tes 5. 23), nenhum escrito dos apóstolos deixa qualquer dúvida em relação a isto, e geralmente o associam ao fato deste encontro que haverá com o Senhor, no qual deveremos nos apresentar perante Ele sem qualquer mancha, ruga ou mácula; de maneira que somos chamados desde então a vivermos de modo digno da vocação para a qual o Senhor nos chamou, a saber, a sermos santos assim como Ele é santo.
As palavras finais deste capítulo, deixam esta verdade colocada em termos muito claros que não podem ser contestados porque o apóstolo afirma expressamente o seguinte:
“14 O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
15 Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.”.
Primeiro ele se refere ao fato de Jesus ter morrido com o propósito de nos libertar de toda a forma de iniquidade, e para que assim fôssemos efetivamente purificados, para que sejamos um povo seu especial, zeloso de boas obras, porque sem esta santificação não é possível possuir tal zelo na prática das boas obras que nos são ordenadas pela obra do evangelho, pois nos faltará o poder e a impulsão necessários que recebemos do Espírito para fazê-lo, somente quando estamos de fato consagrados e santificados (v. 14).
Em segundo lugar, isto é alcançado quando os ministros do evangelho exortam e repreendem a Igreja com toda a autoridade para que viva nesta santificação que lhe é ordenada, e se esforçam para isto com suas orações, ensino, pregação, exortações em favor de tal aperfeiçoamento dos cristãos em santidade, até que atinjam a maturidade espiritual que lhes é ordenada por Cristo.
E devem fazê-lo com tal aplicação e determinação no Espírito de maneira que ninguém lhes despreze, por verem o quanto estão revestidos da sabedoria e do poder de Deus.
O próprio Deus honrará aos ministros que se consagram de tal maneira a Ele, trazendo temor aos corações daqueles sobre os quais lhes constituiu como pastores das suas almas. Foi por isso que Paulo disse a Tito de forma imperativa: “Ninguém te despreze”, como a dizer: cuida de ti mesmo e da tua santidade, de maneira que o teu ministério seja aprovado diante de todos e não venhas portanto a ser motivo e desprezo da parte de ninguém, isto é, que venham a te considerar inútil e desprezível, por não ter nenhum valor e eficácia no serviço que realizas para Deus.
Lembramos contudo que tudo isto deve ser feito com amor, mansidão e longanimidade.


 Tito 2.1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.
Tito 2.2 Exorta os velhos a que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância;
Tito 2.3 as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem,
Tito 2.4 para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos,
Tito 2.5 a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada.
Tito 2.6 Exorta semelhantemente os moços a que sejam moderados.
Tito 2.7 Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade,
Tito 2.8 linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.
Tito 2.9 Exorta os servos a que sejam submissos a seus senhores em tudo, sendo-lhes agradáveis, não os contradizendo
Tito 2.10 nem defraudando, antes mostrando perfeita lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus nosso Salvador.
Tito 2.11 Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens,
Tito 2.12 ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente,
Tito 2.13 aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus,
Tito 2.14 que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras.


Tito 2.15 Fala estas coisas, exorta e repreende com toda autoridade. Ninguém te despreze.









Tito 3

O Modo Correto de Se Proceder na Igreja – Tito 3

Tendo falado no capítulo anterior do comportamento que devem ter os cristãos idosos, os jovens, e os servos nas relações de trabalho, Paulo começa este capítulo falando do dever da submissão dos cristãos para com as autoridades civis constituídas sobre eles (governantes, juízes, policiais etc) uma vez que tais autoridades foram instituídas pelo próprio Deus para que seja tornada possível a continuação da vida num mundo que está sujeito ao pecado.
Tais autoridades foram constituídas pelo Senhor especialmente para a punição dos malfeitores.
Ainda que alguém em posição de autoridade não honre o seu cargo, não cabe aos cristãos infamá-las porque será ao próprio Deus que eles terão que prestar contas e àqueles que estão constituídos sobre eles.
Além disso têm o dever de lhes obedecer e estarem preparados para toda boa obra, isto é, darem demonstrações práticas da sua obediência em atitudes e ações que contribuam para que as autoridades possam cumprir o seu dever.
Este dever de a ninguém infamar (falar mal de) foi estendido pelo apóstolo a todas as pessoas, e além disso é exigido dos cristãos que não sejam contenciosos, isto é, brigões, arrumadores de casos, mas ao contrário, têm o dever de mostrar mansidão para com todos os homens.
Eles não têm a missão dos magistrados de julgarem e punirem os malfeitores, mas de lhes pregar o evangelho da graça de Cristo, na expectativa de serem transformados.
Aos que estão nas prisões e penitenciárias devem pregar que caso se convertam a Cristo serão homens verdadeiramente livres e perdoados de todos os seus pecados por Cristo, ainda que tenham que pagar a dívida que têm para com a sociedade.
De um modo geral, quanto a todos que se convertem a Cristo, antes da sua conversão eram insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias cobiças e deleites, em malícia e inveja, odiosos e odiando-se mutuamente no mundo, mas desde que foram chamados por Cristo das trevas para a luz, devem fazer valer o comportamento da nova criatura que são no Senhor, e viverem nas virtudes do Espírito,  nada dispondo para a carne, e não vivendo segundo o velho homem, do qual temos o dever de nos despojarmos progressivamente até que cheguemos à estatura de varão perfeito, isto é, de cristãos maduros nas coisas ordenadas por Deus ao seu povo.
Foi para este propósito que o Senhor não somente nos justificou pela Sua graça quando nos convertemos a Ele, como também, nos regenerou (novo nascimento) pela habitação do Espírito Santo, para que pudéssemos ser santificados.
O Espírito não produziu portanto somente uma transformação instantânea quando nascemos de novo (regeneração – novo nascimento), como também nos renovou e continuará renovando, de maneira que sejamos transformados a cada dia em graus maiores de graça e de glória, segundo a própria imagem de nosso Senhor Jesus Cristo, para que nos tornemos cada vez mais parecidos com Ele.
Foi para este propósito mesmo que Jesus morreu por nós na cruz, e assim, como poderão ser aprovados perante Deus aqueles que vivem de maneira a frustrarem tal propósito, especialmente se tratando do caso de cristãos?
Como podem portanto terem seu comportamento aprovado pelo Senhor aqueles que vivem na prática deliberada do pecado, se Cristo morreu justamente para nos libertar e purificar do pecado?
Ele sabe que este trabalho de purificação será progressivo pelo processo da santificação do Espírito, mediante aplicação da Palavra, mas como poderemos ser aprovados se não formos diligentes na aplicação e na busca deste alvo que Deus traçou para todos os Seus filhos?
Se a justificação pela graça tornou o cristão herdeiro da vida eterna, então os ministros do evangelho têm o dever que lhes é imposto por Deus para que afirmem com toda a ousadia, a todos os cristãos, que é portanto um dever que eles têm para com Deus o de procurarem se aplicar às boas obras, porque é isto que é bom e proveitoso aos homens (v. 7,8).
E isto nada tem a ver com promoção de debates teológicos, de discussões loucas e insensatas que geram contendas, porque são coisas inúteis e vãs; até mesmo debates acerca da própria lei de Moisés; porque a Igreja está encarregada de pregar e ensinar o evangelho da graça de Jesus Cristo para a salvação de todo o que crê.
As verdades objetivas reveladas na Palavra devem ser pregadas e serem ensinadas para serem cridas e não para serem discutidas. Afinal se é a própria vontade e boca de Deus que inspirou a produção das Escrituras, quem é o homem para discutir com Deus quanto àquilo que se refere à Sua vontade, e que Ele revelou a nós desde o céu na Sua Palavra?
A Palavra revelada nas Escrituras não é palavra de homens mas a Palavra do próprio Deus, produzida por Sua revelação, inspiração e vontade.
Desta forma os hereges não devem ser ouvidos pelos ministros fiéis, antes devem ser repreendidos numa e noutra admoestação, e depois disso devem ser evitados, porque tais pessoas estão pervertidas, e vivem pecando deliberadamente, servindo aos interesses do diabo, e por isso já se encontram condenadas em si mesmas, pelas coisas pervertidas que eles afirmam e que são contrárias ao evangelho (v. 9 a 11).
Paulo solicitou a Tito que quando ele enviasse Ártemas e Tiquico para se juntarem a ele em Creta, possivelmente para ajudá-lo a confirmar nas igrejas tudo o que ele havia ordenado, que retornasse com eles para estar junto dele em Nicópolis, porque havia decidido passar o inverno naquela localidade, não para fugir do frio, porque este nunca foi o estilo do apóstolo, a saber, o de fugir de qualquer tipo de dificuldade, mas porque certamente deve ter encontrado uma porta aberta para a pregação do evangelho naquela localidade (v. 12),
Ele fez uma recomendação especial para Tito quanto ao cuidado que deveria ter em receber com apreço tanto a Zenas que era um mestre da lei, quanto a Apolo, de maneira que nada lhes faltasse na hospitalidade que deveria ser dada a ambos (v. 13).
Paulo dava sempre honra a quem era devido honra, por ver que tais pessoas estavam efetivamente a serviço do evangelho.
Ele era o Moisés do Novo Testamento que tinha um desejo sincero que todos fossem usados como profetas, mestres, evangelistas, no serviço do evangelho, porque visava exclusivamente à glória do Seu Senhor, e não buscava nenhuma glória para si mesmo, da mesma forma que Jesus em tudo procurou glorificar somente ao Pai em Seu ministério terreno.  
Tito deveria aprender a se aplicar às boas obras, nas coisas necessárias, para que tivesse fruto espiritual no trabalho que realizava para o Senhor, assim como todos os cristãos (v. 14). Não é portanto apenas dever do pastor se aplicar á obra do evangelho, porque Cristo tem imposto tal dever a todos os cristãos.
Finalmente, Paulo encerrou a epístola dizendo a Tito que todos os que se encontravam com ele lhe saudavam, e que Tito deveriam saudar a todos os que lhes amavam na fé. Veja que este amor não é carnal, mas o amor que opera pela fé, que é fruto dela nos corações, conforme produzida pelo Espírito na nossa santificação.
Paulo desejou também que a graça de Jesus fosse com todos os cristãos de Creta, porque sem a força da graça, nada do que ele havia ordenado anteriormente nesta epístola, é possível de ser vivido e praticado (v.15).


Tito 3.1 Adverte-lhes que estejam sujeitos aos governadores e autoridades, que sejam obedientes, e estejam preparados para toda boa obra,
Tito 3.2 que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas moderados, mostrando toda a mansidão para com todos os homens.
Tito 3.3 Porque também nós éramos outrora insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites, vivendo em malícia e inveja odiosos e odiando-nos uns aos outros.
Tito 3.4 Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os homens,
Tito 3.5 não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo,
Tito 3.6 que ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador;
Tito 3.7 para que, sendo justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.
Tito 3.8 Fiel é esta palavra, e quero que a proclames com firmeza para que os que crêm em Deus procurem aplicar-se às boas obras. Essas coisas são boas e proveitosas aos homens.
Tito 3.9 Mas evita questões tolas, genealogias, contendas e debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.
Tito 3.10 Ao homem faccioso, depois da primeira e segunda admoestação, evita-o,
Tito 3.11 sabendo que esse tal está pervertido, e vive pecando, e já por si mesmo está condenado.
Tito 3.12 Quando te enviar Ártemas, ou Tíquico, apressa-te a vir ter comigo a Nicópolis; porque tenho resolvido invernar ali.
Tito 3.13 Ajuda com empenho a Zenas, doutor da lei, e a Apolo, para que nada lhes falte na sua viagem.
Tito 3.14 Que os nossos também aprendam a aplicar-se às boas obras, para suprir as coisas necessárias, a fim de que não sejam infrutuosos.
Tito 3.15 Saúdam-te todos os que estão comigo. Saúda aqueles que nos amam na fé. A graça seja com todos vós.






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